DUETO COM MARQUÊS DE SADE
Dueto com Marquês de Sade
Amor-amiga,
Quem te deu esse direito de dizer que me ama?
Por acaso já entrastes nas minhas entranhas
E vistes as pegadas deixadas?
O meu amor é sangue quente e carne fresca na boca.
Quem te deu esse direito de dizer que me ama amor-amiga?
De onde você tirou tamanha audácia?
Não me venha com palavras fáceis
Pois eu já memorizei o teu discurso. (Marquês de Sade - 04/10/2012)
Sádico-amor
Se tu perguntas sobre direitos
Te decepcionarei bem antes...
Não me responsabilizes pelo amor que te tenho
Dele não temos nenhum direito e nem dever.
Surgiu pelas facetas comuns
Que esse destino amoroso
Dispensa em gotas
Àqueles que em sua esquina visita. (Alma de Poeta - 04/10/2012)
O amor, o que é o amor amor-amiga?!
Meu Deus que linguagem celestial é essa!
Se não é acessível a essa raça efêmera de mortais
Por que não reservaste esse idioma apenas aos anjos?
Por acaso és um sádico?
Todos falam, dizem sentir
Quanto a mim faz me rir
Não obstante cair em prantos.
Se me dizes que: "Dispensa em gotas”
A minha alma está sedenta
Não encontro um oásis nesse deserto.
Outro dia fui à esquina do seu Joaquim
Mas lá o hálito arde como o inferno.( Marquês de Sade)
Sádico-amor
De amor também pouco sei...
Amor é brasa acesa
que com pouca brisa
já se acende.
Se apagado
a alma morre.
Ele nos aquece...
Tem outros tipos
que se igualam ao amor
Esses são cópias
meras e simbólicas
deste
que é o verdadeiro sentimento!(Alma de Poeta-07/10/2012)
Amor-amiga
Não sei se é amor
ou as pétalas de uma flor.
Qual o seu prazer em me ver inquieto?
Quanto te olho vejo tua alma submersa
Inundada de sentimento
Será esse ser que tu dizes ser amor?
Diga-me ele será exposto em qual
galeria de artes!?
Pois parece-me contemplativo
Puro platonismo.
Se é brasa não sei
Mas sindo uma chama no meu peito,
Mas causou um estrago
Feito um tornado
que se esvaiu no horizonte
e tu dizes "Se apagado
a alma morre."( Marquês de Sade)
Sádico-amor
Tu te convences que amor traz dor
A dor é um forte componente
que o Marquês expressa em si
Já que afoito ou não
revela-me que tens
um coração de poeta
e suas maldades
já não são tão sádicas
quanto se pensa!
Ah, sádico-amor
Tu te revelas sob a máscara
que deveras usa para nos intimidar
Te sei um belo exemplar
Dos mais românticos seres
que cantam o amor
e nos encantam a alma
em flor.(Alma de Poeta - 07/10/2012- 21:20horas- domingo de eleição)
Amor-amiga
O amor, amor, amor, amor,
Você fala tanto deste intempestivo?
Esse meu vil coração
beija os lábios da perversão.
A dor nada mais é que os rastros
que o desejo não apagou,
e as serpentes que por ele rastejaram.
Digamos que a minha maldade
é culpa dessa que vive tal colada a mim
saudade.
Amor-amiga
oh! alma desconhecida
Por algum acaso minhas máscaras
te deixam seduzida!?
Se queres, vê o meu rosto,
abra as águas do oceano com tuas mãos
e contempla a vastidão
e o nada.
Só não se afogue nas muitas águas do amor. ( Marquês de Sade)
Sádico-amor
Nunca te disse sobre este sentimento
tão bem compartilhado por tantos
mas desesperadamente procurado
por tantos outros...
Tu, indagastes à mim
e eu, bem atenta
fiz-me sua serva.
Agora queres provocar-me dor?
Seduze-me com fortuíto amor?
Qual quimeras de além mar?
Tua face tão bem escondida está,
Nobre e valente cavalheiro,
que a cada tempo u'a máscara se troca
e cada qual mais bela é que a anterior...
Não!...por hora temo ver-te!
Conhecer-te em nobre faceta
leva-me a rever conceitos
Basta-me a primeira
com a qual bem me cativaste...
(Alma de Poeta-08/10/2012-18:26h)
Amor-amiga
Quando tu falas em amor
o improvável parece acontecer,
mas basta o sol nascer
para eu olhar e ver os teus fatos.
Não se iluda comigo pois
mordo e arranco as cabeças dos ratos
e delas me alimento.
As minhas servas comem o pão
que eu amasso e asso
sobre as brasas do meu coração.
Se é fortuito não sei falar
desça até a fonte beba e sinta
você se o é.
Doce ama,
o meu rosto é desfigurado
sou um monstro.
O teu lírico canto confunde o meu
espírito e a primavera já vem
perfumando os campos verdejantes. (Marquês de Sade)
Sádico-amor...
Tu te realizas fazendo arte
com a dor do amor
a dor do prazer
a dor de outrem
a gozar-te...
Eu, de alma singela,
sou toda coração.
Dispensa-se uma atenção
e já me dou toda
sem ter vacilo algum.
Sou a sonhadora
de horas e horas
e é nos sonhos
que tenho meu maior prazer:
-Te vejo amor e carinho
-Terno e atencioso...
E, quando desperto,
dói-me e esfria-me a alma
Tu não passas somente
de um Ego
que se acostumou
em desviar caminhos...
(Alma de Poeta - 10/09/2012-14:22h)
Amor-amiga,
Oh! Minha doce querida,
tenho um pote de mel
para te alimentar.
Por que me acusa de dor?
Se o que carrego em minhas mãos
são veementes labaredas par te dar.
Bem sei que tens a "alma singela", em pétalas,
por ventura tens medo de se
perder nos caminhos do meu coração!?
Tenho uma casa rodeada por um roseiral,
flores que eu cultivo sobre túmulos
para perfumar a tua alma poética.
Eu caminho na rua
olhando para a lua,
contemplando o cosmo.
Vejo estrelas flamejantes
rasgando os céus
e como um corisco fendeu
meu egoísta coração. (Marquês de Sade)
Sádico-amor
De quimeras mil
minh'alma está farta.
Todos os amores que vivi
deles poucas coisas trago.
As dores da despedida,
O acaso de uma paixão,
A desventura de dois corações...
Só quero agora
paz em meu peito.
Preciso de um tempo
onde haja sol e lua.
A claridade e a obscuridade
que faz germinar sementes,
enraizar frondosas árvores,
desabrochar róseas flores,
e alegrar os quintais
com seus majestosos trigais...
De ti somente quero gestos
carinhosos, atenção na medida
Sossego e muita paz!
(Alma de Poeta -19/10/2012)
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