OCASO
Teatro se conduz a engano ledo
Nas cores de um cenário pervertido
Qual horizonte perde-se mais cedo
A vida que se torna sem sentido
Na alucinada fuga desse medo
Do final de outro sonho colorido
Onde busca guardar só em segredo
O sentimento ali não proferido
Para glorificar-se no improviso
Nada esperar e nem interromper
Um coração que sonda e inflama o ser
Divaga e mais se perde em paraíso
Já não pensa e sem força ou juízo
Fica a espera de o amor acontecer
Tânia Regina Voigt // Miguel Eduardo Gonçalves