Menestrel
Tarcísio R. Costa

Mergulho no túnel do tempo...
Vou em busca da poesia do passado,
Dos tempos remotos... medievais...
Daquelas paisagens bucólicas,
Eu era, creio, um menestrel...

Um poeta ao léu, ambulante,
Atrás de um grande amor...
Eu era um poeta-cantor
Das minhas saudade...

Era um sonhador,
Em busca de desvendar sonhos.

A sonoridade do meu violino
Me transformva em um sedutor.

Os acordes do meu velho violão,
Acendia o fogo da minha paixão,
Que deixava enlevado o coração
Do meu pretenso amor.

Brasília, 10 de maio de 2005
Tarcísio R. Costa

Sonho de um Menestrel!

Entrei no túnel do tempo.
Desvendei meu mistério:
Pelas noites perambulava,
alaúde tocava,
coração e alma a serviço
de uma dama muito amada!

Sonhava com ela,
dia e noite,
noite e dia.
Eu a cortejava cheio de esperança,
malgrado minha condição amante.

Nada tinha e tudo dava.
Meu violino ,ao clarão da lua,
meus pensamentos,
minha vida enaltecida.
Suspirava, junto às estrelas prateadas.
Muito almejava!..

Não era pra mim!
Recolhi-me no meu castelo encantado.
Guardei meu alaúde, meus sonhos,
embalsamei meu pranto,
tranquei meu coração
e, na masmorra do tempo,
me tranformei somente em ilusão!

Eda Carneiro da Rocha

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 24/06/2007
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T538810