André Anlub e Rogério Camargo 20

Deixo à mercê da vida o objetivo de estar onde estou

E cobro dela que não me leve aos passeios mais bonitos, às viagens mais encantadoras,

Que se esvaeçam em brancas nuvens de sorrisos todas as possíveis atribulações

E que a felicidade seja mais que um substantivo perdido entre adjetivos ou parte de uma canção de Natal.

Tem que ser assim, deve ser habitual: a benevolência caindo do céu, no seu – no meu – nas nossas felizes essências.

Se não for assim, é a cobrança, a garganta seca gritando às areias secas do deserto, as mãos de dedos com unhas querendo agarrar tudo e nada.

Se não vier do interno, não vem da alma; aceitamos as metáforas dos mergulhos lá de cima, mas sabendo que é de dentro para fora.

De fora para dentro é informação. De fora para dentro é dos outros ainda. Mesmo que seja de Deus, é dos outros ainda.

Chegar chegará com ações, bons aforismos e foco na visão; à felicidade dá-se permissão

E a felicidade aproveita a permissão como o Natal aproveita a árvore, como o Ano Novo aproveita o calendário.

Rogério Camargo e André Anlub®

Site: poeteideser.blogspot.com