SOLIDÃO...
Amo-te tanto, ó solidão!
Tu és tão bela e obscura...
Gosto da tua cor de carvão,
Cravada em dor e amargura!
Solidão que me rouba o sono
Nas oníricas madrugadas vazias
Sou uma tarde cinzenta de outono
Quantas folhas secas e sombrias!
Em teus rastros sobrevivo!
Vivo a perder-me num mar,
Onde as luzes hão de apagar,
Meu profundo olhar primitivo!
E amar-te assim é loucura
És tão densa treva do infinito
Solitária e amarga desventura
Em teus braços calei o meu grito!
Dora Estrela// Fabio Los Santos
Amo-te tanto, ó solidão!
Tu és tão bela e obscura...
Gosto da tua cor de carvão,
Cravada em dor e amargura!
Solidão que me rouba o sono
Nas oníricas madrugadas vazias
Sou uma tarde cinzenta de outono
Quantas folhas secas e sombrias!
Em teus rastros sobrevivo!
Vivo a perder-me num mar,
Onde as luzes hão de apagar,
Meu profundo olhar primitivo!
E amar-te assim é loucura
És tão densa treva do infinito
Solitária e amarga desventura
Em teus braços calei o meu grito!
Dora Estrela// Fabio Los Santos