SOLIDÃO...

Amo-te tanto, ó solidão!
Tu és tão bela e obscura...
Gosto da tua cor de carvão,
Cravada em dor e amargura!


Solidão que me rouba o sono
Nas oníricas madrugadas vazias
Sou  uma tarde cinzenta de outono
Quantas folhas secas e sombrias!


Em teus rastros sobrevivo!
Vivo a perder-me num mar,
Onde as luzes hão de apagar,
Meu profundo olhar primitivo!


E amar-te assim é loucura
És tão densa treva do infinito
Solitária e amarga desventura
Em teus braços calei o meu grito!



Dora Estrela// Fabio Los Santos










 
Dora Estrella e Fabio Los Santos
Enviado por Dora Estrella em 11/02/2014
Código do texto: T4686430
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