Inevitável amor / Amor inevitável

Inevitável amor

Entrelacei-me a ti, meu amor,
Na sede que tenho de teu amor,
No anseio de teu afago, de teu calor.
Tenho sede de ti, meu amor,
Enlacei-me no desejo de ti,
Que me retiveste em teu sabor,

Tenho anseio de ti, de teu afago,
A ti me entrego e tu me tragas,
No redemoinho da vida,
Envolvida, na ânsia de te ver,
De te ter junto a mim, já em mim.
Intrínseco, latente, demente,
Do passado, ao futuro presente.

Resta em mim tudo de teu, ainda,
Onde nasceu na dor o amor pungente,
Sempre latente, na vida que se finda,
Se faz presente, sem restar solução,
Pois, inevitavelmente, ardente.

 
Amor inevitável

Como não me queimar nas chamas deste amor ardente,
Que me envolve, que me torna dolente e que me arrebata
Que me fustiga com beijos quentes com sabor de chibata,
Que laceram meu corpo e que anuviam minha mente.

Como não ansiar por teus anseios, não clamar por teus afagos,
Como não me envolver nos redemoinhos deste amor pungente,
Que me revolve na ânsia infinita de te ver e te ter no presente
Como tive no passado, tempo que se findou como mero trago.

Da mesma forma como em ti, restou em mim, sempre, ainda,
A lembrança do que um dia fomos e que de novo seremos,
Neste momento mágico em que nos reencontrarmos, serenos,
A vivermos o amor pleno que buscamos até o infinito que finda.

E, então, viveremos por todo o sempre unidos, entrelaçados,
Supridas as sedes mútuas de nossos afagos, de nossos carinhos,
Ao te ver a minha espera, ansiosamente postada em nosso ninho,
Radiante, repleta e feliz por finalmente termo-nos reencontrado.
LHMignone e Vana Barsan
Enviado por LHMignone em 22/12/2013
Reeditado em 23/10/2014
Código do texto: T4622065
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