Paixão
Paulo Cid
Lady Foppa
Que será essa vontade louca
de correr de voar de chegar
pra bem junto de uma pessoa,
querida de um querer tão grande,
sem pensar em outra coisa,
ainda que a razão clame
por cuidados e sensatez?
Que será essa ausência de medos,
Esse trincar de virtudes,
Esse tremular de desejo,
Ignorando remorsos e culpas,
Deixando-se levar pelo furacão,
Seduzir pelo inusitado,
Sem reconhecer avarias?
Quando o coração dispara,
acompanhando o pensamento,
e o desejo fica mais forte
do que todos os sinais,
é a paixão que acende o fogo,
subverte qualquer norma
e põe encanto no viver.
A paixão quando se instala,
sai pela porta a razão.
Tudo pode e vale a pena,
tudo investe e tudo inflama.
O erotismo guilhotina o tempo,
um torna-se extremo do outro
sem limites de fim e começo.
Que é paixão senão força sem controle
que cresce sem pedir permissão,
que não sabe de podes e não podes,
que desconhece convenções?
É descontrole de regras,
bem, mal e conjunção.
O proibido ignorado,
prazer de corpos atados.
É assim uma coisa doida
que dá na gente um encontrão,
que atropela o que estiver na frente,
que anda na contra-mão,
que ignora limites
e se lixa pra razão.
E, se assim não fosse,
não seria paixão.
Paixão é amor entre deuses
É rima para o coração,
É portal da sedução
Sem norma e sem convenção
É o sim em acordo com o não
Pecado que vem com perdão
Faísca que acende o vulcão
É consolo... E danação.
Paulo Cid
Lady Foppa
Que será essa vontade louca
de correr de voar de chegar
pra bem junto de uma pessoa,
querida de um querer tão grande,
sem pensar em outra coisa,
ainda que a razão clame
por cuidados e sensatez?
Que será essa ausência de medos,
Esse trincar de virtudes,
Esse tremular de desejo,
Ignorando remorsos e culpas,
Deixando-se levar pelo furacão,
Seduzir pelo inusitado,
Sem reconhecer avarias?
Quando o coração dispara,
acompanhando o pensamento,
e o desejo fica mais forte
do que todos os sinais,
é a paixão que acende o fogo,
subverte qualquer norma
e põe encanto no viver.
A paixão quando se instala,
sai pela porta a razão.
Tudo pode e vale a pena,
tudo investe e tudo inflama.
O erotismo guilhotina o tempo,
um torna-se extremo do outro
sem limites de fim e começo.
Que é paixão senão força sem controle
que cresce sem pedir permissão,
que não sabe de podes e não podes,
que desconhece convenções?
É descontrole de regras,
bem, mal e conjunção.
O proibido ignorado,
prazer de corpos atados.
É assim uma coisa doida
que dá na gente um encontrão,
que atropela o que estiver na frente,
que anda na contra-mão,
que ignora limites
e se lixa pra razão.
E, se assim não fosse,
não seria paixão.
Paixão é amor entre deuses
É rima para o coração,
É portal da sedução
Sem norma e sem convenção
É o sim em acordo com o não
Pecado que vem com perdão
Faísca que acende o vulcão
É consolo... E danação.