ESTAS MÃOS DE MULHER!...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos calejadas, amareladas, cinzentas,
Maltratadas, enrugadas não pela idade,
Mas pela repetição do labor diário
De uma vida inteira sem valorização...
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos de sangue coagulado, misturado
Com a argila do campo a ser plantado.
Que apalpam o desejo silencioso de
Aplacar a fome na terra dos homens.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos acolhedoras, acariciadoras, defensoras,
Mãos amáveis que acolhem com ternura...
Que apertam contra o peito mãos de alguém
Que em seu olhar despertou certa doçura.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que recebem flores dos seus amores.
Que se ameigam e se alongam à procura
De outras mãos com as quais se entrelaçam,
Tímidas. Unhas com esmalte cor da terra.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que partem e repartem a fração do pão,
Muitas vezes minguado, fracionado, distribuído
Entre os seus com o coração, e ainda se dá por satisfeita
Mesmo que para ela não sobre refeição.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos cuja razão da labuta é a alimentação.
Que apertam as mãos amigas por gratidão.
Tomam o pão que madrugou na janela...
E o partilham. Pão da fraternidade. Fartadela.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que lavam, estendem, passam, costuram, remendam,
Semeiam, cultivam, colhem, ajudam, abençoam,
Economizam... suavizam com um carinho
A dor do machucado de seu filhinho.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos, livres passageiras de um tempo que
Já devia ter passado. Mitigam dores dos seus
Trelosos amores. Mãos suadas e abençoadas.
Mãos ainda servis e subservientes, femininas...
Envolvidas com a insipidez das rotinas
Que ainda aplaudem a prepotência masculina.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos sutis, suaves, ásperas, delicadas,
Despreendidas, estendidas em acolhida,
Massageiam, da alma, as dores invisíveis...
Mãos que tecem a trama da vida,
Mãos que abafam, sufocam os gritos inaudíveis
E determinadas, incansáveis, fazem quase o impossível.
Isis...
Estas mãos não não são mãos quaiquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que urge baterem tambores, convocando
A guerra contra regimes opressores,
Mãos que põem batom nos lábios sedutores,
Mas que precisam aprender a apertar parafusos
De uma sociedade dependente dos computadores.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que moldam a massa e a argamassa
Que alimenta e sustenta essa sociedade...
Mãos que não recebem troféus nem diplomas,
Mãos que não cabem anéis nem alianças...
Mãos vestidas,imbuídas, impregnadas de dignidade, que se
Agarram com toda força à luta, jamais perdem a esperança.
Isis Dumont
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que, quando lidas, suas linhas apontam
Novos caminhos da cidadania, todavia elas os recusam, Porque ausência de liberdade lhes tornou vazias,
Mãos que necessitam, urgentemente, mover as pedras de Muralhas que ainda existem em seus tormentosos
Caminhos, e que balançam, com carinho,
A rede das crianças, suas ou das ruas,
Se ergam também para receber os troféus
Da liberdade, da esperança e da perseverança...
Por serem de mulher, essas mãos não se cansam.
FERNANDO A FREIRE
Caríssimos e amados poetas, poetisas e leitores Recantistas, convidei o poeta Fernando A Freire para interagir comigo nesse DUETO. Felizmente , o mesmo aceitou e estar aí a nossa singela Homenagem à todas às MULHERES.
FERNANDO, muito obrigada por ter-me concedido o privilégio de participar junto comigo nessa poesia. Sinto-me presenteada pela gentileza de sua amizade, e pela contribuição belíssima em minha página. Que Deus continue lhe inspirando e abençoando cada vez mais. Sou sua fã, admiradora e leitora de seus textos. Gosto desse seu jeito simples. E o parabenizo por sua sensibilidade e capacidade poética e literária.
Um grande beijo de luz e paz em sua vida, poeta, e a todos que me leem!
Carinhosamente:
Isis Dumont
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos calejadas, amareladas, cinzentas,
Maltratadas, enrugadas não pela idade,
Mas pela repetição do labor diário
De uma vida inteira sem valorização...
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos de sangue coagulado, misturado
Com a argila do campo a ser plantado.
Que apalpam o desejo silencioso de
Aplacar a fome na terra dos homens.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos acolhedoras, acariciadoras, defensoras,
Mãos amáveis que acolhem com ternura...
Que apertam contra o peito mãos de alguém
Que em seu olhar despertou certa doçura.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que recebem flores dos seus amores.
Que se ameigam e se alongam à procura
De outras mãos com as quais se entrelaçam,
Tímidas. Unhas com esmalte cor da terra.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que partem e repartem a fração do pão,
Muitas vezes minguado, fracionado, distribuído
Entre os seus com o coração, e ainda se dá por satisfeita
Mesmo que para ela não sobre refeição.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos cuja razão da labuta é a alimentação.
Que apertam as mãos amigas por gratidão.
Tomam o pão que madrugou na janela...
E o partilham. Pão da fraternidade. Fartadela.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que lavam, estendem, passam, costuram, remendam,
Semeiam, cultivam, colhem, ajudam, abençoam,
Economizam... suavizam com um carinho
A dor do machucado de seu filhinho.
Isis...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos, livres passageiras de um tempo que
Já devia ter passado. Mitigam dores dos seus
Trelosos amores. Mãos suadas e abençoadas.
Mãos ainda servis e subservientes, femininas...
Envolvidas com a insipidez das rotinas
Que ainda aplaudem a prepotência masculina.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos sutis, suaves, ásperas, delicadas,
Despreendidas, estendidas em acolhida,
Massageiam, da alma, as dores invisíveis...
Mãos que tecem a trama da vida,
Mãos que abafam, sufocam os gritos inaudíveis
E determinadas, incansáveis, fazem quase o impossível.
Isis...
Estas mãos não não são mãos quaiquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que urge baterem tambores, convocando
A guerra contra regimes opressores,
Mãos que põem batom nos lábios sedutores,
Mas que precisam aprender a apertar parafusos
De uma sociedade dependente dos computadores.
Fernando...
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que moldam a massa e a argamassa
Que alimenta e sustenta essa sociedade...
Mãos que não recebem troféus nem diplomas,
Mãos que não cabem anéis nem alianças...
Mãos vestidas,imbuídas, impregnadas de dignidade, que se
Agarram com toda força à luta, jamais perdem a esperança.
Isis Dumont
Estas mãos não são mãos quaisquer,
São mãos de Mulher!...
Mãos que, quando lidas, suas linhas apontam
Novos caminhos da cidadania, todavia elas os recusam, Porque ausência de liberdade lhes tornou vazias,
Mãos que necessitam, urgentemente, mover as pedras de Muralhas que ainda existem em seus tormentosos
Caminhos, e que balançam, com carinho,
A rede das crianças, suas ou das ruas,
Se ergam também para receber os troféus
Da liberdade, da esperança e da perseverança...
Por serem de mulher, essas mãos não se cansam.
FERNANDO A FREIRE
Caríssimos e amados poetas, poetisas e leitores Recantistas, convidei o poeta Fernando A Freire para interagir comigo nesse DUETO. Felizmente , o mesmo aceitou e estar aí a nossa singela Homenagem à todas às MULHERES.
FERNANDO, muito obrigada por ter-me concedido o privilégio de participar junto comigo nessa poesia. Sinto-me presenteada pela gentileza de sua amizade, e pela contribuição belíssima em minha página. Que Deus continue lhe inspirando e abençoando cada vez mais. Sou sua fã, admiradora e leitora de seus textos. Gosto desse seu jeito simples. E o parabenizo por sua sensibilidade e capacidade poética e literária.
Um grande beijo de luz e paz em sua vida, poeta, e a todos que me leem!
Carinhosamente:
Isis Dumont