Apenas um predador


A presa no precipício, no abismo

Um leve som e um olhar sagaz

Algo meio de Capitú, inseguro

Que importa? Se isso trouxer paz

 
Fechou os olhos, se entregou

Uma águia a lhe guiar em vôo livre

Garras fortes e qualquer uma seria

Diante da fragilidade que seu corpo sofria


Imaginação correu solta ao desconhecido

Meu mundo, seu mundo? Que importa o futuro...

Visualizou o sonho de amor perene, era tudo que queria

Nesse momento qualquer afago era tudo , era muito

 
A viagem chegou ao fim, sentiu seus pés no solo

Algo frágil, desconhecido, areia movediça...Veio o pavor

Abriu os olhos e não reconheceu a águia salvadora

Ali na sua frente um vulgar, insignificante predador

 (Sua Bruxinha)

 


 Acostumado a seduzir e abandonar...

Prazer pelas conquistas transitórias, ilusão...

Caprichos da vaidade, louca insensatez...

Juras e promessas apenas para prender, aprisionar...

Depois de saciado, descartar, sem dó...

 
Mergulhei intensamente nesta viagem...

Acreditei, me joguei, arrisquei...

Voei em teus braços, palavras, corpo, olhar...

E no meio do voo, senti o baque da realidade...

Estava só, jogada ao chão da desilusão...

 
Partiu como se nada tivesse acontecido...

Deixou-me abismada, paralisada, perdida...

Como fênix, junto meus cacos, levanto-me...

Ergo meus olhos ao criador, suplico forças...

Então, surge você, meu Anjo Guardião...

Que nunca me abandona e aos poucos...

Enche-me de energias benéficas...

 
Mostra-me um caminho sereno...

Pacifica meu coração...

Diz-me que o  importante é o que plantamos...

Porque será o que colhemos...

E que devo prosseguir, de cabeça erguida...

Pela consciência tranqüila...

De ter sido vítima, e não algoz

(Wainy)

 
Sua Bruxinha
Enviado por Sua Bruxinha em 10/05/2011
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2960630
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