Apenas um predador
A presa no precipício, no abismo
A presa no precipício, no abismo
Um leve som e um olhar sagaz
Algo meio de Capitú, inseguro
Que importa? Se isso trouxer paz
Fechou os olhos, se entregou
Uma águia a lhe guiar em vôo livre
Garras fortes e qualquer uma seria
Diante da fragilidade que seu corpo sofria
Imaginação correu solta ao desconhecido
Meu mundo, seu mundo? Que importa o futuro...
Visualizou o sonho de amor perene, era tudo que queria
Nesse momento qualquer afago era tudo , era muito
A viagem chegou ao fim, sentiu seus pés no solo
Algo frágil, desconhecido, areia movediça...Veio o pavor
Abriu os olhos e não reconheceu a águia salvadora
Ali na sua frente um vulgar, insignificante predador
(Sua Bruxinha)
Acostumado a seduzir e abandonar...
Prazer pelas conquistas transitórias, ilusão...
Caprichos da vaidade, louca insensatez...
Juras e promessas apenas para prender, aprisionar...
Depois de saciado, descartar, sem dó...
Mergulhei intensamente nesta viagem...
Acreditei, me joguei, arrisquei...
Voei em teus braços, palavras, corpo, olhar...
E no meio do voo, senti o baque da realidade...
Estava só, jogada ao chão da desilusão...
Partiu como se nada tivesse acontecido...
Deixou-me abismada, paralisada, perdida...
Como fênix, junto meus cacos, levanto-me...
Ergo meus olhos ao criador, suplico forças...
Então, surge você, meu Anjo Guardião...
Que nunca me abandona e aos poucos...
Enche-me de energias benéficas...
Mostra-me um caminho sereno...
Pacifica meu coração...
Diz-me que o importante é o que plantamos...
Porque será o que colhemos...
E que devo prosseguir, de cabeça erguida...
Pela consciência tranqüila...
De ter sido vítima, e não algoz
(Wainy)