poema a duas mãos
no cabelo pintou madeixas de outono
e na boca o sangue das cerejas
trazia na pele o aroma das rosas
e uma lágrima verde a apodrecer
na lapela
Alice Sequeira
No húmus a lágrima cresce madrugada
e o Outono leva nas folhas a tinta do velho amor.
Compro lindas roupas, uns lábios novos e sacudo o verde da lapela
e das estações da pele na roda dos meus aromas
cresce no meu útero uma nova flor.
Ana Mª Costa