APENAS PESADELOS
José Luiz Cristofoletti
aprendiz de poeta
Passo a versejar tendo a insônia como companheira
repenso palavras que falam de sonhos
porque já não durmo uma vida inteira
brincando com as rimas em versos bisonhos
Sufoca-me o peito causando tonturas
como se as águas penetrassem no corpo
embaça-me os olhos aquelas figuras
que cantam pra mim como se estivesse morto
Com o tempo travado e a cabeça vazia
vem o amanhecer e a luz cai em feixes
tento orar deitado na cama macia
na esperança que os pesadelos me deixem
É um tempo pequeno para uma infinita vida
são milhares de dias que posso sonhar
espero amanhã ter uma noite bem sucedida
e o meu espírito novamente descansar
Santos 27 mai 2006 – 12;50 hs
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INSÔNIA
Guida Linhares
Aprendiz de vida
Também vapo pela noite adentro
perdida em meus pensamentos
ouvindo apenas o triste lamento
de amargurados sentimentos
Que lentos invadem e sufocam
dilacerantes, retiram a calma
gritam no escuro, não se calam
duelam ferozes dentro da alma
São tantos de rimas dispersas
e versos que pedem passagem
do inconsciente ouço conversas
e nos dedos, suave massagem
Abrupta e assustada salto da cama
um teclado me aguarda na noite
e das palavras, o verso chama
toda a ansiedade em açoite
O poema então se desvela
inteiro, real na fantasia
O sono vem pronto em capela
adormeço nos braços da poesia
Santos 27 mai 2006 - 13,50 hs
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