"Adeus"
(Eritania Brunoro)
Despeço-me dos cursos d'água
Nos rios que aqui se vão infindáveis
Despeço-me dos meus próprios versos
Que já não são mais os mesmos de antes
Despeço-me das flores
Daquelas que não sinto mais o perfume
Despeço-me de tudo e de mim
Das alegrias e das tristezas
E nessa variável estranheza
Despeço-me do mundo, enfim.
Resposta:
“Poetisa”
(Luiz Henrique)
Vez por outra
tenho a curiosidade
e me assalta o espírito
uma certa inquietação:
Em saber
se é por veleidade
que ajunta palavras
ou é coisa do coração
Lê-se tanta verdade
Vê-se tanta sabedoria
nas dores da tua canção
que me custa crer
que seja por vaidade
escolher tal profissão
Ou será, talvez, missão?
Vem de longe
poetisa acreana
por teu intermédio
poemas que saram
como remédio
Da terra de Mendes
Jatene, Perez e Passarinho
e nos sentimentos dos teus poemas
repouso minha alma
tomo por ninho
Onde andará
a brisa de esperança
daquela criança
que te fez tanto sonhar
Se a poesia
te persegue noite e dia
alimenta e respira
é como para
o pulmão - ar
Não te despeças
da tua poesia
se o desamor chegar
só desilusão restar
ela sempre será
tua derradeira companhia
Contrói lindos versos
nos acertos e reversos
de tristeza e alegria
Faz lindos poemas
a duras penas
com prazer e euforia
Se brota ao acaso
se à inspiração dá aso
por amor ou por dor
não decida
sua chegada ou partida
te seguirá, vá aonde for
O que amas
e o que sofres, Eritania
pra discorrer tão espontânea
suponho um tantão
Consolidas no papel
do substantivo - motivo
do adjetivo - emoção
do verbo - a mais intensa ação
Talvez por ser mulher
saiba melhor fazer
o coração perceber
Faz-se:
destempo
sem direção teu vento
exessivo sentimento
És em metade - toda paixão
És no restante - muito pouca razão ...
(Eritania Brunoro)
Despeço-me dos cursos d'água
Nos rios que aqui se vão infindáveis
Despeço-me dos meus próprios versos
Que já não são mais os mesmos de antes
Despeço-me das flores
Daquelas que não sinto mais o perfume
Despeço-me de tudo e de mim
Das alegrias e das tristezas
E nessa variável estranheza
Despeço-me do mundo, enfim.
Resposta:
“Poetisa”
(Luiz Henrique)
Vez por outra
tenho a curiosidade
e me assalta o espírito
uma certa inquietação:
Em saber
se é por veleidade
que ajunta palavras
ou é coisa do coração
Lê-se tanta verdade
Vê-se tanta sabedoria
nas dores da tua canção
que me custa crer
que seja por vaidade
escolher tal profissão
Ou será, talvez, missão?
Vem de longe
poetisa acreana
por teu intermédio
poemas que saram
como remédio
Da terra de Mendes
Jatene, Perez e Passarinho
e nos sentimentos dos teus poemas
repouso minha alma
tomo por ninho
Onde andará
a brisa de esperança
daquela criança
que te fez tanto sonhar
Se a poesia
te persegue noite e dia
alimenta e respira
é como para
o pulmão - ar
Não te despeças
da tua poesia
se o desamor chegar
só desilusão restar
ela sempre será
tua derradeira companhia
Contrói lindos versos
nos acertos e reversos
de tristeza e alegria
Faz lindos poemas
a duras penas
com prazer e euforia
Se brota ao acaso
se à inspiração dá aso
por amor ou por dor
não decida
sua chegada ou partida
te seguirá, vá aonde for
O que amas
e o que sofres, Eritania
pra discorrer tão espontânea
suponho um tantão
Consolidas no papel
do substantivo - motivo
do adjetivo - emoção
do verbo - a mais intensa ação
Talvez por ser mulher
saiba melhor fazer
o coração perceber
Faz-se:
destempo
sem direção teu vento
exessivo sentimento
És em metade - toda paixão
És no restante - muito pouca razão ...
- poesia com registro de autoria
- imagem da fotógrafa: Sissi - copiada do site: www.olhares.com/sissi