“Tempestade”

Noite triste, escura, coração aflito chora,

olho pela janela, vejo a força da tempestade, ouço

o grito do trovão, seu estrondear ensurdecedor, me

encolho sentindo medo, abandonada à sorte do destino.

A força da natureza se mostrando dura, agressiva

a cada raio da noite triste, severa, grave, oprimindo

a alma, árvores balançam forte os galhos amarfanhados

como se fossem minha própria vida, choro, soluço alto,

não há alguém que possa ouvir meu lamento, cega pela

miragem dos olhos, trazia neles sua imagem, coração

ardendo de desejo e desespero pela ausência, a certeza

de não mais ter seus beijos, seus carinhos, suprema

felicidade que senti um dia, vento forte acompanhava

cada estampido lá fora, meu coração apaixonado nutria

sentimento de perca, vi na noite escura a morte dos meus

sonhos, só restou nostalgia funda, olhos rasos d’água!

(Graciela Cunha e Marta Peres)

02/07/08

Graciela da Cunha
Enviado por Graciela da Cunha em 03/07/2008
Código do texto: T1063513
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