Do zênite entre o tempo e a aurora de minha vida.
Olho o zênite no passar do tempo da vida e percebo a luz do meu caminhar. Dou de mim sempre o melhor, mas nem sempre sou bem compreendido. Alguns não entendem as minhas mensagens, outros acham que tudo é bobagem, mas o tempo vai mostrar essa realidade e tudo se manifestará na hora certa.
O poeta se expressa pelo seu pensamento e o leitor entende pela interação dele. Tudo acontece ao mesmo tempo, pois há um entendimento entre o significado de quem cria e de quem lê. Nós conversamos pelo sentimento, pois a palavra por si mesma carece de sentido; o que dá sentido é a imaginação.
Quando acordo, estou sob a ação dos meus sonhos. A lembrança deles atua sobre a minha vontade, e a intenção é o caminho que se manifesta. As palavras balançam dentro de mim e, no momento em que se expressam, eu passo a ser aquilo que elas manifestam. O poeta em mim passa a ser o que sou.
Nada do que penso que tenho me pertence de fato, pois tudo é uma ilusão que só o poeta, com sua imaginação, pode aquilatar dessa realidade. Sonho que sou aquilo que penso, mas penso aquilo que sou. Na verdade, nada daquilo que penso que é, é verdadeiramente. Só o poeta em mim sente e só ele sabe escrever
I look at the zenith as time passes in life and I perceive the light of my path. I always give my best, but I am not always well understood. Some do not understand my messages, others think that everything is nonsense, but time will show this reality and everything will manifest itself at the right time.
The poet expresses himself through his thoughts and the reader understands through their interaction. Everything happens at the same time, because there is an understanding between the meaning of the one who creates and the one who reads. We communicate through feelings, because the word itself lacks meaning; what gives meaning is imagination.
When I wake up, I am under the influence of my dreams. The memory of them acts on my will, and intention is the path that manifests itself. The words sway within me and, at the moment they express themselves, I become what they manifest. The poet in me becomes what I am.
Nothing that I think I have really belongs to me, because everything is an illusion that only the poet, with his imagination, can assess from this reality. I dream that I am what I think, but I think what I am. In truth, nothing that I think is, is truly. Only the poet in me feels it and only he knows how to write.