Vendaval
Não posso mais acobertar. Não consigo mais omitir ou sonegar.
Faz um ano que um novo estágio da minha vida foi instaurado.
Estou mencionando uma temporada de estímulos e desafios.
Pranto e lacrimação decidiram formar raízes em meu ser.
Em uma proporcionalidade maior, eu senti o sabor do suplício.
Em uma classificação excedente, eu conheci o padecimento.
Meu pensamento se transformou no meu maior oponente.
Minha mente se converteu no meu adversário mais impiedoso.
Ninguém está pronto para essa experiência tenebrosa e penetrante.
Autoridades e entendedores profissionais executam assessoramento.
Será que eu estou possuído por algum demônio? Eu já pensei.
Seria uma justificação para esse tormento. Porém, creio que não.
O tratamento é físico e mental. Já estou introduzido nesse método.
A metodologia ou procedimento englobam o corpo e a alma.
Tenho experienciado as repercussões inoportunas da terapêutica.
Fundamentalmente do tratamento físico. Mas, eu sei que é transitivo.
Paralelamente, minha alma se movimenta como um vendaval.
Um vendaval de sentimentos e emoções. Um turbilhão emocional.
Pessoas contribuíram para o processamento do meu adoecimento.
Minha gaveta também conta com a participação de muitas caixas.
Caixas minúsculas que acomodam substâncias químicas. Isso mesmo.
Remédios. No entanto, eu penso estar no caminho para a melhora.
Espero granjear a restauração algum dia. Algum dia, eu assimilarei.