No mar do esquecimento

Eu fico maravilhado com a imensa quantidade de artistas que têm
emergido no cenário musical moderno. Bem, se empreendermos uma
análise minuciosa e intimista, perceberemos que eles não trabalham
com nenhuma espécie de arte. Na verdade, eles só sustentam a
titulação concernente à preponderância e a admiração impostas a
maioria dos intérpretes teatrais ou do mercado fonográfico atual e,
sendo assim, não importa o que aconteça, o objetivo é uma
universalidade e a disputa torna-se gradativamente acirrada.
É uma classe hipócrita e medíocre que não efetiva um ofício pautado
pelo talento, pelo carisma, pela maestria e pela vocação, mas sim
tendo a intencionalidade de algo material e que é simbolizado pela
condição aquisitiva do indivíduo que designa-se ou identifica-se como
uma peculiaridade célebre e notável. Evidentemente, a manutenção
desse sustentáculo é encortinada por membros influentes da alta elite
que buscam incessantemente por ''novos prodígios'' com a promessa
de serem a próxima revelação do universo das celebridades, que é
externamente fascinante, glamouroso e sedutor, porém quando
uma investigação mais contundente e finalizadora é implementada,
descobrimos que a veracidade dos fatos indica uma lastimosa e
camuflada realidade.
Diante disso, gostaria de ressaltar que, nos anos consagrados da boa
música, registrada pela diversidade cultural e pela clássica erudição
por parte dos poetas e gênios do nosso tempo, a sonoridade, a
própria musicalidade era refletida por uma agradabilidade eminente
e revolucionária. Quando um programa hígido exibido por algumas já
extintas estações de televisão, determinava um frequente, tradicional
e característico programa em família. Tempos memoráveis quando a
inspiração para uma obra exprimida pela singeleza e pela humildade
partia da sensibilidade e do dom natural dos nossos semelhantes
admiráveis e ilustres.
Caros amigos, escritores e leitores do nosso aconchegante lar, o site
Recanto das Letras, vocês podem e devem estar construindo o
seguinte interrogatório: o senhor escritor, Lucas Nicácio Gomes, é
capaz de transfigurar sua tese através de exemplos reais de artistas,
músicos e poetas da fase vanguardista e, também da presente
contemporaneidade? Com muito prazer que, iniciando a nossa lista
da genialidade e da inteligência, eu, prontamente menciono os ícones
e queridíssimos Raul Seixas, Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo
Carlos, constituindo e definindo o arrebatador movimento da Jovem
Guarda.
Dando continuidade, Renato Russo, Cazuza, Freddie Mercury,
David Bowie, Janis Joplin, John Lennon, Michael Jackson e outros
incalculáveis executores da história da autêntica e original música,
que representam muitos da ampla multiplicidade brilhante da
categoria dos praticantes de cânticos que está eternizada na nossa
existência, diferentemente de febres passageiras e transitórias que
necessitam utilizar ferramentas e recursos de imoralidade, impudicícia
e obscenidade para perpetuar e garantir a manutenção, a durabilidade
e a longevidade dos seus impérios edificados na areia da limitação,
da mediocridade, da estupidez, da insipiência e do analfabetismo e
que, muito possivelmente serão propriamente lançados no mar do
esquecimento.
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 15/12/2018
Reeditado em 20/03/2019
Código do texto: T6527983
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