Nenhum dos dois

''Eu não vou dizer que nunca bebi, já bebi uma única vez
em toda minha vida. Foi durante a época da faculdade,
especificamente em uma calourada, aquele evento não agregou
em nada na minha vida. Eu via uma multidão de jovens bebendo
e fumando como se estivessem vivendo o último dia de suas vidas.
Como o analfabetismo e a alienação equivalem a uma predominância
em um país dominado pela insegurança, violência, corrupção e
criminalidade, a maioria da população mundial parece negligenciar
a periculosidade do alcoolismo e do tabagismo. Essas duas drogas
compõem o grupo das drogas lícitas, generosamente mercantilizadas
em todo o globo. E o que mais soa de maneira perturbadora
é que os adolescentes e jovens têm abraçado formidavelmente essas
duas práticas. Eu não sou um sociólogo ou antropólogo, entretanto,
a meu ver, o motivo unânime pelo qual essa classe experimenta
tão precocemente essas substâncias tão devastadoras é o resultado
das opções que a mesma seleciona como uma válvula de escape.
Gente, quem nunca defrontou-se diante de uma condição de risco
em alguma transitoriedade da vida? Diante de qualquer contrariedade
muitas vezes, não somos aptos a dominar nossas emoções, e então
a impulsividade e a adoção de hábitos injuriantes tornam-se reais
o álcool e o cigarro, desordenadamente, favorecem a ruína em
todas as dimensões da vida de um ser humano. A saúde, classificada
como uma das grandes preciosidades de um ser vivo, é um dos
fatores mais debilitados. Não vou discorrer ou destrinchar o porquê
pois todos nós sabemos o que essa dupla maléfica é capaz de realizar
portanto, se estiver na dúvida se mais um copo ou mais um maço
diga, nenhum dos dois.''
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 16/11/2018
Reeditado em 17/03/2019
Código do texto: T6503977
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