Sacramento da Reconciliação: TRADUÇÃO DOS TEXTOS da Epístola 28 ad Flavianum, 3-4: PL 54, 763-767

FONTE: Allan L. Dos Santos

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A Edição.

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Testemunhos patrísticos sobre a sucessão apostólica

POSTED ON AUGUST 16, 2013 BY ALLAN L. DOS SANTOS

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Patrística | Allan L. Dos Santos

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... o governo episcopal a Lino, aquele Lino que Paulo lembra na epístola a Timóteo. ... Com esta ordem e sucessão chegou até nós, na Igreja, a tradição apostólica e a ... [São Leão Magno I, Papa] Antologia de Textos Homiléticos ... «Sacramento de nuestra reconciliación».

Epist. 28 ad Flavianum, 3-4: PL 54, 763-767.

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COMENTÁRIO

J B PEREIRA

São Leão Magno, Papa (? – cerca de 461) - na Antologia de Textos Homiléticos, reflete sabiamente sobre o «Sacramento de nuestra reconciliación» em Epist. 28 ad Flavianum, 3-4: PL 54, 763-767.

Ele nos faz mergulhar no mistério da Encarnação do Verbo de Deus.

Interessante é o "Kênosis": muito bem Leão lembra de ___ exinanição ___ à luz da visão paulina - "a humildade foi acolhida pela Majestade (divina - em Jesus feio humano como nós - exceto no pecado). O Senhor do Universo se fez carne, fez-se escravos.

Essa "nova ordem: invisível em si fez-se visível como nós" [e por nós] - "humildade do homem e a grandeza de Deus" .

Essa é a nova criação no sangue de Jesus na Cruz, diferente da queda de Adão no Éden!

Essa nova criação é a desejada por Deus em Jesus: a salvação plena em Jesus - "começou a existir no tempo" (na história dos homens) quando assume nossa humanidade integralmente.

Sim, Leão Magno profundamente afirma: "o Verbo Divino não se afasta da igualdade com a glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa carne..."

Ou seja, Cristo resgata a nossa carne quando a assume a nossa corporeidade e alma humanos; eis o Milagre do Céu - a Encarnação virginal do Verbo de Deus em nossa humanidade - e um modo como Deus vence o pecado pela morte de seu único Filho na cruz.

Desta maneira, "A carne não deixa nossa carne": a carne santíssima e virginal de Jesus hipostático ou encarnado no Seio puríssimo e Imaculado da Virgem Mãe Maria ( Isaías 7,14)por obra de Deus e pelos méritos da paixão de Jesus- ou seja - a 2 ª Pessoa da Trindade Santíssima assume nossa condição humanamente mortal e frágil, exceto o pecado - porque nele não havia pecado...).

Jesus é "um só e mesmo"... O único Deus em duas naturezas humana e divina! - "Deus Filho de Deus e verdadeiramente filho do homem", afirma magnificamente o Papa Leão Magno.

Assim, como disse Duns Scoto,” Deus quis, pode e fez”, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, baseando-se no prólogo joanino, para defender a Imaculada Conceição: “ Deus quis nascer de uma mulher imaculada...”

A teoria da união hipostática do verbo Divino é a base do dogma da Imaculada, um imbrica o outro. (Ora, a Igreja Católica é denominada por São Paulo: “Corpo Místico de Cristo”, Corpus Mysticum Christi, enquanto Cristo é a Caput Ecclesiae (Ef. 1, 22-23).[6] __ “Ipsum dedit caput supra omnia ecclesiae, quae est corpus ipsius, plenitudo eius, qui omnia in omnibus adimpletur” (Ef 1, 22-23). __ São Tomás de Aquino ensina de modo admirável como a analogia paulina possui pleno valor.: http://academico.arautos.org/2010/07/o-corpo-humano-e-o-corpo-mistico-uma-aula-de-catequese-tomista/ ___)

O homem, no seio virginal de Maria, isento e preservado do pecado de tal modo é tão humano (perfeito) porque sem o pecado das origens. Igual, kenoticamente, a nós para nos aproximar a si e de Deus pelo Espírito Santo como fez miraculosamente (sem incurso do sexo masculino) – veio a nós – pelo útero virginal de Maria Imaculada. Nós perdemos o paraíso com Adão, achamos o caminho com o Caminho, Verdade e Vida de Jesus – nosso Novo Adão nascido da Nova Eva, Ave-Cheia de Graça... (inspiração em 25/12/2017)

COMENTÁRIOS ACIMA DE J B PEREIRA

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São Leão Magno, Papa

(? – cerca de 461)

Antologia de Textos Homiléticos

«Sacramento de nuestra reconciliación»

Epist. 28 ad Flavianum, 3-4: PL 54, 763-767

«La bajeza fue asumida por la majestad, la debilidad por el poder, la mortalidad por la eternidad. Para saldar la deuda de nuestra condición humana, la naturaleza inviolable se unió a la naturaleza posible, con el fin de que, como lo exigía nuestra salvación, el único y mismo «mediador entre Dios y los hombres, el hombre Cristo Jesús», tuviera, a un mismo tiempo, la posibilidad de morir, en lo que le corresponde como hombre, y la imposibilidad de morir, en lo que le corresponde como Dios.

Así, pues, el Dios verdadero nació con una naturaleza humana íntegra y perfecta, manteniendo intacta su propia condición divina y asumiendo totalmente la naturaleza humana, es decir, la que creó Dios al principio y que luego hizo suya para restaurarla.

Pues aquella que introdujo el Engañador y que admitió el hombre engañado, no afectó lo más mínimo al Salvador. Ni del hecho de que haya participado de la debilidad de los hombres, se sigue que haya participado de nuestros delitos.

Asumió la forma de siervo sin la mancha del pecado, enriqueciendo lo humano sin empobrecer lo divino. Pues, el anonadamiento, por el que se manifestó visiblemente quien de por sí era invisible, y por el que aceptó la condición común de los mortales quien era el creador y Señor de todas las cosas, fue una inclinación de su misericordia, no una pérdida de su poder. Por lo tanto, el que subsistiendo en la categoría de Dios hizo al hombre, ese mismo se hizo hombre en la condición de esclavo.

Entra, pues, en lo más bajo del mundo el Hijo de Dios, descendiendo del trono celeste pero sin alejarse de la gloria del Padre, engendrado de una manera nueva por una nueva natividad.

De una nueva forma, porque, invisible por naturaleza, se ha hecho visible en nuestra naturaleza; incomprensible, ha querido ser comprendido; el que permanecía fuera del tiempo ha comenzado a existir en el tiempo; dueño del universo, ha tomado la condición de esclavo ocultando el resplandor de su gloria; el impasible, no desdeñó hacerse hombre pasible, y el inmortal, someterse a las leyes de la muerte.

El mismo que es Dios verdadero, es también hombre verdadero. No hay en esta unión engaño alguno, pues la limitación humana y la grandeza de Dios se relacionan de modo inefable.

A1 igual que Dios no cambia cuando se compadece, tampoco el hombre queda consumido por la dignidad divina. Cada una de las dos formas actúa en comunión con la otra, haciendo cada una lo que le es propio: el Verbo actúa lo que compete al Verbo, y la carne realiza lo propio de la carne.

La forma de Dios resplandece en los milagros, la forma de siervo soporta los ultrajes. Y de la misma forma que el Verbo no se aleja de la igualdad de la gloria del Padre, tampoco su carne pierde la naturaleza propia de nuestro linaje.

Es uno y el mismo, verdadero Hijo de Dios y verdadero hijo del hombre. Dios porque «en el principio ya existía la Palabra, y la Palabra estaba junto a Dios y la Palabra era Dios»; hombre porque la «Palabra se hizo carne y acampó entre nosotros».

* * * * *

«A baixeza foi assumida pela majestade, a fraqueza pelo poder, a mortalidade pela eternidade. Para pagar a dívida da nossa condição humana, a natureza inviolável uniu-se a possível natureza, de modo que, conforme exigido pela nossa salvação, a uma ea mesma coisa "mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" tinha ao mesmo tempo, a possibilidade de morrer, no que corresponde a ele como homem, e a impossibilidade de morrer, no que corresponde a ele como Deus.

Assim, o verdadeiro Deus nasceu com uma natureza humana completa e perfeita, mantendo intacta a sua própria condição divina e totalmente assumindo a natureza humana, ou seja, que Deus criou primeiro e depois endossado para restaurá-lo.

Pois aquele introduzido pelo Enganador e admitido pelo homem enganado, não afetou o Salvador nem um pouco. Nem o fato de ele ter participado da fraqueza dos homens, segue-se que ele participou de nossos crimes.

Ele assumiu a forma de um servo sem a mancha do pecado, enriquecendo o humano sem empobrecer o divino. Portanto, a humilhação, pelo qual se manifesta visivelmente que em si era invisível, e ele aceitou a condição comum dos mortais que foi o criador e Senhor de todas as coisas, era uma inclinação de sua misericórdia, sem perda de seu poder. Portanto, aquele que subsiste na categoria de Deus fez o homem, esse mesmo homem se tornou um homem na condição de escravo.

Entra, portanto, nas partes mais baixas do mundo, o Filho de Deus desceu do trono celestial, mas sem se afastar da glória do Pai, gerado de um modo novo, com um novo nascimento.

De uma nova maneira, porque, invisível por natureza, tornou-se visível em nossa natureza; incompreensível, ele queria ser entendido; aquele que permaneceu fora do tempo começou a existir no tempo; dono do universo, assumiu a condição de escravo escondendo o esplendor de sua glória; o impassível, ele não desdenhou tornar-se um homem passível, e o imortal, para se submeter às leis da morte.

O mesmo que é verdadeiro Deus, também é verdadeiro homem. Não há engano nesta união, porque a limitação humana e a grandeza de Deus estão inextricavelmente ligadas.

Assim como Deus não muda quando tem piedade, nem o homem é consumido pela dignidade divina. Cada uma das duas formas age em comunhão com a outra, fazendo com que cada uma delas seja a sua: a Palavra age como responsabilidade da Palavra, e a carne percebe o que é próprio da carne.

A forma de Deus brilha em milagres, a forma de um servo suporta indignações. E da mesma forma que a Palavra não se afasta da igualdade da glória do Pai, tampouco sua carne perde a natureza própria de nossa linhagem.

Ele é um e o mesmo verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro filho do homem. Deus porque "no princípio a Palavra já existia, e a Palavra estava próxima a Deus e a Palavra era Deus"; homem porque o "Verbo se fez carne e ele acampou entre nós".

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«Cristo vive en su Iglesia»

Sermón 12, Sobre la pasión del Señor, 3, 6-7; PL 54, 355-357

«No hay duda, amadísimos hermanos, que el Hijo de Dios, habiendo tomado la naturaleza humana, se unió a ella tan íntimamente, que no sólo en aquel hombre que es el primogénito de toda creatura, sino también en todos sus santos, no hay más que un solo y único Cristo; y, del mismo modo que no puede separarse la cabeza de los miembros, así tampoco los miembros pueden separarse de la cabeza.

Aunque no pertenece a la vida presente, sino a la eterna, el que Dios sea todo en todos, sin embargo, ya ahora, él habita de manera inseparable en su templo, que es la Iglesia, tal como prometió él mismo con estas palabras: Mirad, yo estaré siempre con vosotros hasta el fin del mundo. Por tanto, todo lo que el Hijo de Dios hizo y enseñó con miras a la reconciliación del mundo no sólo lo conocernos por el relato de sus hechos pretéritos, sino que también lo experimentamos por la eficacia de sus obras presentes.

Él mismo, nacido de la Virgen Madre por obra del Espíritu Santo, es quien fecunda con el mismo Espíritu a su Iglesia incontaminada, para que, mediante la regeneración bautismal, una multitud innumerable de hijos sea engendrada para Dios, de los cuales se afirma que traen su origen no de la sangre, ni del deseo carnal, ni de la voluntad del hombre, sino del mismo Dios. Es en él mismo en quien es bendecida la posteridad de Abrahán por la adopción del mundo entero, y en quien el patriarca se convierte en padre de las naciones, cuando los hijos de la promesa nacen no de la carne, sino de la fe. Él mismo es quien, sin exceptuar pueblo alguno, constituye, de cuantas naciones hay bajo el cielo, un solo rebaño de ovejas santas, cumpliendo así día tras día lo que antes había prometido: Tengo otras ovejas que no son de este redil; es necesario que las recoja, y oirán mi voz, para que se forme un solo rebaño y un solo pastor.

Aunque dijo a Pedro, en su calidad de jefe: Apacienta mis ovejas, en realidad es él solo, el Señor, quien dirige a todos los pastores en su ministerio; y a los que se acercan a la piedra espiritual él los alimenta con un pasto tan abundante y jugoso, que un número incontable de ovejas, fortalecidas por la abundancia de su amor, están dispuestas a morir por el nombre de su pastor, como él, el buen Pastor, se dignó dar la propia vida por sus ovejas.

Y no sólo la gloriosa fortaleza de los mártires, sino también la fe de todos los que renacen en el bautismo, por el hecho mismo de su regeneración, participan en sus sufrimientos. Así es como celebramos de manera adecuada la Pascua del Señor, con ázimos de pureza y de verdad: cuando, rechazando la antigua levadura de maldad, la nueva creatura se embriaga y se alimenta del Señor en persona. La participación del cuerpo y de la sangre del Señor, en efecto, nos convierte en lo mismo que tomamos y hace que llevemos siempre en nosotros, en el espíritu y en la carne, a aquel junto con el cual hemos muerto, bajado al sepulcro y resucitado.”

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TRADUÇÃO DO TEXTO ACIMA:

«Cristo vive na sua Igreja»

Sermão 12, Sobre a Paixão do Senhor, 3, 6-7; PL 54, 355-357

"Certamente, queridos irmãos, que o Filho de Deus, tendo assumido a natureza humana, se juntou a ela tão de perto, não só o homem que é o primogênito de toda a criação, mas também em todos os seus santos, não mais que um único e único Cristo; e, assim como a cabeça dos membros não pode ser separada, os membros não podem se separar da cabeça.

Embora não pertença à vida presente, mas à vida eterna, que Deus é tudo em todos, no entanto, mesmo agora, ele habita inseparavelmente em seu templo, que é a Igreja, como ele mesmo prometeu com estas palavras: Olha, eu sempre estarei com você até o fim do mundo. Portanto, tudo o que o Filho de Deus fez e ensinou para a reconciliação do mundo, não só sabemos por causa de seus atos passados, mas também experimentamos isso pela eficácia de suas obras presentes.

Ele próprio, nascido da Virgem Mãe pelo Espírito Santo, é que frutífera com o mesmo espírito a sua imaculada Igreja, de modo que, através da regeneração batismal, uma multidão inumerável de crianças que estão sendo trazidos para Deus, que afirma que Eles trazem sua origem não do sangue, nem do desejo carnal, nem da vontade do homem, mas do próprio Deus. É em si mesmo que a posteridade de Abraão é abençoada pela adoção de todo o mundo, e em quem o patriarca se torna pai das nações, quando os filhos da promessa não nascem da carne, mas da fé. Ele mesmo é aquele que, sem exceção de qualquer povo, constitui, de todas as nações debaixo do céu, um único rebanho de ovelhas sagradas, cumprindo dia após dia o que ele havia prometido: Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; É necessário que eu os junte e eles ouvirão a minha voz, para que um único rebanho e um único pastor sejam formados.

Embora ele tenha dito a Pedro, em sua capacidade de chefe: Alimente minhas ovelhas, é realmente ele sozinho, o Senhor, que dirige todos os pastores em seu ministério; e aqueles que se aproximam da pedra espiritual, ele os alimenta com uma grama tão abundante e suculenta, que um número incontável de ovelhas, fortalecidas pela abundância de seu amor, estão dispostas a morrer pelo nome de seu pastor, como ele, o Bom Pastor, ele se dignou a dar a própria vida por suas ovelhas.

E não apenas a força gloriosa dos mártires, mas também a fé de todos aqueles que renascem no batismo, pelo próprio fato de sua regeneração, participam de seus sofrimentos. É assim que celebramos adequadamente a Páscoa do Senhor, com pureza e verdade ázimos: quando, rejeitando o velho fermento do mal, a nova criatura se embriaga e se alimenta do Senhor em pessoa. A participação do corpo e do sangue do Senhor, com efeito, faz-nos o mesmo que tomamos e faz-nos sempre levar em nós, no espírito e na carne, aquele com quem morremos, desceu ao sepulcro e ressuscitado ".

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Via Veritatis Splendor

Existem vários escritos do início da era Cristã, que testemunham a estrutura e as características da Igreja de Cristo. Nessas obras podem ser encontradas provas sobre questões como a Sucessão dos bispos da Igreja e a Tradição apostólica, por exemplo.

Transcrevemos algumas passagens da obra de Santo Irineu de Lião, Contra as Heresias, escrita no século II, que combatia com veemência a gnose, heresia presente ainda hoje.

A obra é dividida em cinco livros, os três primeiros forma escritos durante o papado (bispado) de Santo Eleutério (175-189) e os dois últimos durante o pontificado de São Vitor I (189-198).

Como foi dito, a obra é composta de cinco livros, por tanto, é muito extensa e tem como objetivo refutar as heresias entre elas, a gnose; ao mesmo tempo em que combate a heresia, ela expõe a verdadeira doutrina Cristã. Por isso, serão expostos nesta seção, alguns fragmentos da obra para mostrar a legitimidade da doutrina da Santa Igreja.

Esta obra de Santo Irineu demonstra que a Igreja desde os tempos dos primeiros apóstolos, seguia, além das Sagradas Escrituras, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério; é muito útil para aquele que deseja ter uma noção de eclesiologia e hierarquia da Igreja, pela obra, pode-se constatar que a Igreja é hierarquizada desde os tempos de Jesus Cristo.

Uma das passagens mais importantes da obra de Santo Irineu de Lião é aquela descreve a sucessão apostólica de São Pedro à Santo Eleutério, o Papa da época de Santo Irineu. Santo Irineu descreve alguns fatos de alguns destes bispos que ao todo são doze Papas. Esta descrição se encontra na primeira parte do terceiro livro, no capítulo 3, versículo 3. Note na linha vermelha sublinhada que Santo Irineu nos da a confirmação de que os apóstolos fundaram e edificaram a igreja e transmitiram o governo episcopal a Lino, ou seja o governo da Igreja Católica foi entregue a outras pessoas após o martírio de São Pedro.

3,3. “Os bem-aventurados apóstolos que fundaram e edificaram a igreja transmitiram o governo episcopal a Lino, aquele Lino que Paulo lembra na epístola a Timóteo. Lino teve como sucessor Anacleto. Depois dele, em terceiro lugar, depois dos apóstolos, coube o episcopado a Clemente, que tinha visto os próprios apóstolos e estivera em relação com eles, que ainda guardava viva em seus ouvidos a pregação deles e diante dos olhos a tradição. E não era o único, porque nos seus dias viviam ainda muitos que foram instruídos pelos apóstolos. No pontificado de Clemente surgiram divergências graves entre os irmãos de Corinto. Então a igreja de Roma enviou aos coríntios uma carta importantíssima para reuni-los na paz, reavivar-lhes a fé, e reconfirmar a tradição que há pouco tempo tinha recebido dos apóstolos, isto é, a fé num único Deus todo-poderoso, que fez o céu e a terra, plasmou o homem e provocou o dilúvio, chamou Abraão, fez sair o povo do Egito, conversou com Moisés, deu a economia da Lei, enviou os profetas, preparou o fogo para o diabo e os seus anjos. Todos os que o quiserem podem aprender desta carta que este Deus é anunciado pelas igrejas como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e conhecer a tradição apostólica da igreja, porque mais antiga do que aqueles que agora pregam erradamente outro Deus superior ao Demiurgo e Criador de tudo o que existe.

A este Clemente sucedeu Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida, sexto depois dos apóstolos foi Sisto; depois dele, Telésforo, que fechou a vida com gloriosíssimo martírio; em seguida Higino; depois Pio; depois dele, Aniceto. A Aniceto sucedeu Sóter e presentemente, Eleutério, em décimo segundo lugar na sucessão apostólica, detém o pontificado. Com esta ordem e sucessão chegou até nós, na Igreja, a tradição apostólica e a pregação da verdade. Esta é a demonstração mais plena de que é uma e idêntica a fé vivificante que, fielmente, foi conservada e transmitida, na Igreja, desde os apóstolos até agora.”

Em passagens anteriores, nos versículos 1 e 2 do mesmo capítulo e mesma parte do terceiro livro podemos encontrar o registro da preocupação dos primeiros cristãos em conservar a tradição da Igreja de Cristo (Igreja Católica) descrevendo a sucessão dos bispos das várias igrejas. Note na parte em vermelho e sublinhado que Santo Irineu diz que poderia enumerar todos os bispo estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e seus sucessores, ou seja havia sucessão a qual denominamos sucessão apostólica.

Onde está a verdadeira tradição

3,1. “Portanto, a tradição dos apóstolos, que foi manifestada no mundo inteiro, pode ser descoberta em toda igreja por todos os que queiram ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os bispos que foram estabelecidos nas igrejas pelos apóstolo e os seus sucessores até nós; e eles nunca ensinaram nem conheceram nada que se parecesse com o que essa gente vai delirando. Ora, se os apóstolos tivessem conhecido os mistérios escondidos e os tivessem ensinado exclusiva e secretamente aos perfeitos, sem dúvida os teriam confiado antes de a mais ninguém àqueles aos quais confiavam as próprias igrejas. Com efeito, queriam que os seus sucessores, aos quais transmitiam a missão de ensinar fossem absolutamente perfeitos e irrepreensíveis em tudo, porque, agindo bem, seriam de grande utilidade, ao passo que se falhassem seria a maior calamidade.”

3,2. “Mas visto que seria coisa bastante longa elencar, numa obra como esta, as sucessões de todas as igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos, à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, quer por cegueira ou por doutrina errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Com efeito, deve necessariamente estar de acordo com ela, por causa da sua origem mais excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos apóstolos.”

De suma importância é a parte destacada em azul sublinhado, pois, ela confirma o primado da Santa Igreja em Roma no governo episcopal daqueles que sucederam a São Pedro. Em outras palavras, Santo Irineu de Lião diz que com efeito, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, deve necessariamente estar de acordo com ela (a igreja de Roma), por causa da sua origem mais excelente e por que nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos apóstolos. Compare esta passagem com a seguinte passagem do livro dos Atos do Apóstolos: At 16, 4-5: “Nas cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e cresciam em número dia a dia.”

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Em CRISTO,

A Edição.

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«La misericordia de Dios para con los penitentes»

«Quienes anunciaron la verdad y fueron ministros de la gracia divina; cuantos desde el comienzo hasta nosotros trataron de explicar en sus respectivos tiempos la voluntad salvífica de Dios hacia nosotros, dicen que nada hay tan querido ni tan estimado de Dios como el que los hombres, con una verdadera penitencia, se conviertan a él.

Y para manifestarlo de una manera más propia de Dios que todas las otras cosas, la Palabra divina de Dios Padre, el primero y único reflejo insigne de la bondad infinita, sin que haya palabras que puedan explicar su humillación y descenso hasta nuestra realidad, se dignó mediante su encarnación convivir con nosotros; y llevó a cabo, padeció y habló todo aquello que parecía conveniente para reconciliarnos con Dios Padre, a nosotros que éramos sus enemigos; de forma que, extraños como éramos a la vida eterna, de nuevo nos viéramos llamados a ella.

Pues no solo sanó nuestras enfermedades con la fuerza de los milagros; sino que, habiendo aceptado las debilidades de nuestras pasiones y el suplicio de la muerte, como si él mismo fuera culpable, siendo así que se hallaba inmune de toda culpa, nos liberó, mediante el pago de nuestra deuda, de muchos y tremendos delitos, y en fin, nos aconsejó con múltiples enseñanzas que nos hiciéramos semejantes a él, imitándole con una calidad humana mejor dispuesta y una caridad más perfecta hacia los demás.

Por ello clamaba: «No vine a llamar a los justos a penitencia, sino a los pecadores». Y también: «No son los sanos los que necesitan del médico, sino los enfermos». Por ello añadió aún que había venido a buscar la oveja que se había perdido, y que precisamente había sido enviado a las ovejas que habían perecido de la casa de Israel. Y, aunque no con tanta claridad, dio a entender lo mismo con la parábola de la dracma perdida: que había venido para recuperar la imagen empañada con la fealdad de los vicios. Y acaba: «En verdad os digo que hay alegría en el cielo por un solo pecador que se convierta».

Así también, alivió con vino, aceite y vendas al que había caído en manos de ladrones y, desprovisto de toda vestidura, había sido abandonado medio muerto a causa de los malos tratos; después de subirlo sobre su cabalgadura, le dejó en el mesón para que le cuidaran; y después de haber dejado lo que parecía suficiente para su cuidado, prometió dar a su vuelta lo que hubiera quedado pendiente.

Consideró como padre excelente a aquel hombre que esperaba el regreso de su hijo pródigo y le abrazó porque volvía con disposición de penitencia, y le agasajó a su vez con amor paterno y no pensó en reprocharle nada de todo lo que antes había cometido.

Por la misma razón, después de haber encontrado la ovejilla alejada de las cien ovejas divinas, que erraba por montes y collados, no volvió a conducirla al redil con empujones.y amenazas, ni de malas maneras; sino que lleno de misericordia la devolvió al redil incólume y sobre sus hombros.

Por ello dijo también: «Venid a mí todos los que estáis cansados y agobiados, y yo os aliviaré». Y también: «Cargad con mi yugo»; es decir, llama yugo a los mandamientos o vida de acuerdo con el evangelio, y carga, a la penitencia que puede parecer a veces algo más pesada y molesta: «porque mi yugo es llevadero», dice, «y mi carga es ligera».

Y de nuevo, al enseñarnos la justicia y la bondad divina, manda y dice: «Sed santos, sed perfectos, sed misericordiosos, como lo es vuestro Padre celestial». Y: «Perdonad y se os perdonará». Y: «Todo cuanto queráis que los hombres os hagan, hacédselo de la misma manera vosotros a ellos».

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São Leão Magno, Papa

(? – cerca de 461)

Antologia de Textos Homiléticos

«O templo de que Ele falava era o seu corpo» Sermão 48

Se considerarmos o que o mundo inteiro recebeu pela cruz do Senhor, reconheceremos que para celebrar a Páscoa é justo que nos preparemos com um jejum de quarenta dias…

Não são apenas os bispos ou os padres ou os simples ministros dos sacramentos, mas é todo o corpo da Igreja, é todo o conjunto dos fiéis que deve purificar-se de todas as manchas, para que o templo de Deus, cujo alicerce é o seu próprio fundador, seja belo em todas as suas pedras e luminoso em todas as suas partes… Sem dúvida que não se pode empreender nem completar a purificação deste templo sem a ajuda do seu construtor; e, contudo, aquele que o edificou deu-lhe o poder de promover o seu crescimento a partir do seu próprio trabalho. Porque foi um material vivo e inteligente que serviu para a construção deste templo e é o Espírito de graça que o incita a se aglomerar voluntariamente num só edifício…

Portanto, uma vez que todo o conjunto dos fiéis e cada um em particular formam um só e mesmo templo de Deus, este deve ser perfeito em cada um, tal como o deve ser no seu conjunto. Porque se é certo que a beleza não pode ser idêntica em todos os membros, nem os méritos iguais numa tão grande diversidade de partes, o vínculo da caridade obtém contudo a comunhão na beleza.

Aqueles que estão unidos por um santo amor, mesmo se não receberam os mesmos dons da graça, alegram-se na verdade com os bens uns dos outros; e o que eles amam não pode ser-lhes estranho uma vez que eles acrescentam as suas próprias riquezas quando se alegram com o progresso dos outros.

* * * * *

“Nenhuma união com Deus pode ser maior do que a união hipostática. ... Tomás ("Quaestio disputata de Unione Verbi Incarnai" art. ... Ultrapassaria o âmbito desta obra a exposição dessas teorias, erigidas; sobre as concepções de subsistência, ...”

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A teoria da união hipostática do verbo divino em santo Tomás

– titulo da pesquisa no Google

Tratado do Primeiro Princípio

https://books.google.com.br/books?isbn=8580332974

Duns Scot - 2017 - ‎Visualização - ‎Mais edições

Scot afirma que Cristo está na hóstia em quantitas, ao passo que Santo Tomás, com a Igreja, afirma que Ele está nela ... foi elevada, pela união hipostática, ao mesmo ser formal que a pessoa do Verbo divino, visto que, na união hipostática, ...

Suma teológica I - Página 55

https://books.google.com.br/books?isbn=8515018527

Tomás de Aquino (são) - 2003 - ‎Visualização - ‎Mais edições

A doutrina da Encarnação de Sto. ... A obra criadora foi inteiramente refundida pela encarnação do Verbo. Essa foi a razão, aliás, pela qual Sto. Tomás tomou o partido que se sabe no famoso debate sobre o motivo da Encarnação. ... A resposta de Sto. ... um bem maior, uma revan- che de Deus: esse "bem maior", essa comunicação máxima de bemdivino, é a encarnação de Deus. ... União hipostática ...

Obs.: O autor discute a teoria do hilemorfismo de Aristóteles em Santo Tomas e Scuto, sobre a natureza dos anjos (substancia composta de matéria e forma) e de Deus (ato puro e simples)

Tratado do Primeiro Princípio - Por Duns Scot

Publicado por É Realizações Editora Livraria e Distribuidora LTDA. Direitos autorais.

https://books.google.com.br/books?

id=Ii3iDgAAQBAJ&pg=PT155&lpg=PT155&dq=a+teoria+da+uni%C3%A3o+hipost%C3%A1tica+do+verbo+divino+em+santo+tomas&source=bl&ots=smTC1Cbg-j&sig=bCEohvctWW9yG86u3e3s5GldScQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwib_9em6YTcAhWBG5AKHVmTDWEQ6AEIPjAC#v=onepage&q=a%20teoria%20da%20uni%C3%A3o%20hipost%C3%A1tica%20do%20verbo%20divino%20em%20santo%20tomas&f=false

Para Santo Tomás, Deus Sumo Bem se opõe ao Mal. Por isso, o filho de Deus se encarna para salvar o homem, a criação – salvar o que estava perdido: a natureza do homem e a sua glória (criada pura e santa no Paraíso). Suma teológica I

Por Tomás de Aquino (são) - Páginas exibidas com permissão de Edições Loyola. Direitos autorais.

https://books.google.com.br/books?id=oU8j5Bzj2pAC&pg=PA55&dq=a+teoria+da+uni%C3%A3o+hipost%C3%A1tica+do+verbo+divino+em+santo+tomas&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjn9d6y8oTcAhUDiZAKHRNpDd0Q6AEIODAD#v=onepage&q=a%20teoria%20da%20uni%C3%A3o%20hipost%C3%A1tica%20do%20verbo%20divino%20em%20santo%20tomas&f=false

Riquezas da mensagem crista: comentário ao "Credo do Povo de Deus"

https://books.google.com.br/books?id=1eNYAAAAMAAJ

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Quanto à outra dificuldade referida, a respeito da atuação, pelo existir divino do Verbo, da natureza humana assumida, ... Tais questões são difíceis, sem dúvida, mas não desarmam a ciência teológica, a qual, se não pode chegar à ... Nenhuma união com Deus pode ser maior do que a união hipostática. ... Tomás ("Quaestio disputata de Unione Verbi Incarnai" art. ... Ultrapassaria o âmbito desta obra a exposição dessas teorias, erigidas; sobre as concepções de subsistência, ...

J B Pereira e https://allanlopesdossantos.wordpress.com/category/patristica/
Enviado por J B Pereira em 04/07/2018
Reeditado em 04/07/2018
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