Por que escrevo?

Alguns dias atrás perguntaram-me por que escrevo, donde vem inspiração, quando comecei a ‘gostar de escrever’? Talvez não haja explicação – claro, motivação existe e/ou deve existir em todas ações, mas o motivo e razão pelo qual escrevo é simples: há coisas em nós, dentro de nós que só são realmente expressadas assim – nas entrelinhas.

Não estou afirmando que sou solitária ou carente. Não. É diferente. Porque existem dois tipos de pessoas: aqueles que falam e aqueles que ouvem. E ainda há aqueles super-heróis que fazem os dois com perfeição, dizem que é dom.

A outra coisa sobre minhas razões/motivações começaram na adolescência. Eu não tinha um diário – eu nunca soube o que selecionar do meu dia para “caber” numa folha. Porém, sempre tive um bloco de notas, uma agenda ou um caderninho – lá continha pensamentos do dia; sentimentos extraídos de um diálogo; ou até mesmo as frases dos autores prediletos. Aos 11/13 anos acompanhava meu irmão do meio em suas leituras da faculdade de Pedagogia – na verdade ele trazia os textos e já me chamava para lermos juntos. Aquilo para mim foi o início! Quem sabe foi ele o meu mentor desse processo de paixão pela leitura e escrita. Sou grata a isso!

Comecei com o blog em 2010, lá foi onde me debrucei a escrever, pesquisar, resenhar livros, transcrever músicas, comentar quadrinhos. Achava aquilo fantástico! Ter uma plataforma que poderia chamar de minha, meu espaço, meu lugar secreto! Não importava se eu tinha leitores, seguidores... Era apenas o lugar onde passei a colecionar os sentimentos, os textos autorais etc.

A motivação vinha de qualquer coisa, seja de uma viajem, um passeio, uma desilusão, uma alegria, um novo filme ou livro pelos quais eu queria compartilhar e comentar.

Conheci alguns sites de escritores que compartilhavam textos online, o Recanto das Letras. Lá há diversos textos de todos os gêneros! Comecei também a escrever por lá. Tenho conta no Tumblr, uma também no Instagram com pequenas citações de meus textos, enviei alguns textos para um Projeto de site, de outra escritora que conheci online enfim. Costumo dizer que apesar das mazelas que vemos todos os dias, das injustiças e questões sociais, dá para enxergamos a humanidade, falo daquele lado do ser humano (o bom que todos temos) o que deveria prevalecer a cada momento nosso nesse plano. Gosto de ver a bondade – seria bonito se só fosse isso que existisse nos jornais, na tv, nas novelas... Transmitir isso deveria ser Lei. Então eu penso: ela está perto, ela é presente. Ela pode ser/estar até presente em nós.

Então, minha inspiração está nesse lado bom do outro, no sentir a alma e enxergar o outro a partir de sua essência, sabe?

Não importa se temos diferenças, se somos contrários e as ideologias são divergentes.

É isto que me faz escrever... descobrir até onde posso ir com a inspiração, com aquela motivação ou fato que me fez abrir o computador-abrir uma página em branco-e escrever e por último, não menos importante, a música – instrumental de preferência. Posso até passar dias, meses sem escrever algo no blog, mas não significa que não estou escrevendo – acontece que tenho um bloco de notas no celular e acredite, ele é lotado! Alguns são partilhados no blog, outros são do futuro, quiçá um livro futuro.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 11/06/2018
Código do texto: T6361458
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