Limite
Era tratada como cadela, vadia, escrava, aquela que saciava mais um dos pecados do homem; Desejo da pele e da carne como um animal preso a pequena ratoeira,se envolvia por cheiros e gritos, suores e dores.
O toque não era o mesmo; Era pudor, era dor... Era o madito receio... Era escolha... O pequeno objeto de prazer e de cobiça, que a rasgavam e matavam; A usavam...
Ela só queria alguém para amar, alguém que a dissesse 'Estou ao teu lado", alguém que a levantasse quando caísse, que enxugasse suas lágrimas, que beijasse seus olhos, que lhe abraçasse no frio, que apertesse suas maõs, que lhe fizesse sorrir...Mas eles tiraram isso dela... Destruíram uma vida... Eram repugnantes, eram porcos, malditos vermes que abusavam da inoscência, seu pequeno esconde-esconde imaturo, uma pequena mentira mal contada.
Abandonaram-a num vazio infinito, noite de gritos e choradeiras, os suspiros macis e delicados eram engolidos... A faca que a rasgava já perde-ra a força, a mão que a sufocava padecera ao chão, nos cantos miseráveis se ouviam os ecos de palavras não ditas. O fogo a queimou... Deixou lembrança, deixou memórias... Sobrou torpor.