Niilismo de Hoje.
Quanto mais vamos para fora, mais também deixamos de notar nossa verdadeira essência animal.
Como loucos jogando pedras em aviões, somos nós jogando satélites na órbita. Na ânsia de explorar a inconcebível vastidão dos cosmos deixamos de criar a conciência do coletivo interpessoal. Escravos de nossos desejos repentinos à frente de nossa razão biológico/racional, formamos uma forma cada vez mais egóica e exterior de vida.
A sutil ligação entre a mente e a matéria é completamente esquecida e poucos têm a autossuficiência em não se abalar pelo mundo representado diante os olhos.
Vivemos o verdadeiro caos do consumismo capitalista que nos faz esquecer o valor do trabalho e dos inúmeros processos que leva para um produto se materializar na prateleira.
A fim de evitar o sofrimento, passamos nossas vidas correndo no atrás da hora certa para correr, presos em trânsitos e rotinas que não dignificam nossa própria existência humana.
E ainda, por mera covardia, temos a capacidade de dizer que é culpa da Crise e dos governantes que elegemos, quando na verdade não fazemos nossa parte no processo de fiscalização eleitoral.
Tenho mesmo que acreditar na Utopia do amor platônico para poder sustentar a idealização de que o homem se satisfaça pelo simples trabalho do campo e na troca de suas virtudes.
Trabalho com muito afinco para deixar de lado os 5 anos de direito que cursei em busca de trabalhar meu corpo e minha mente para ecovilas, permacultura e a divulgação da arte como meio de regeneração da humanidade.
E por compaixão aos que, tal como muitos, se sacrificam(deixando de comer carne, trabalhando com assistêncialismo e não tendo vergonha de expor a realidade tal como ela é) em prol de pensar por aqueles que não tiveram oportunidade de aprender que a felicidade verte de dentro de um coração que pulsa em um rítmo único e próprio, faço poesia em busca da eteriedade côsmica.
Pode parecer loucura, mas é que penso que muitos poderiam pensar antes de começar o final de semana.
Dia 18/09/15 pelo Calendário Gregoriano
Kin 27/2 do ano do Mago Planetário pelo Calendário Maia
4 Dhu l-Hijja 1436 (yawm al-jum`a) no Calendário Islâmico
Ou uma idéia(com o acento bonito que a precede) que ecoou da mente de alguém em um movimento de dedos qualquer antes do sol apontar meio dia, 10 amanheceres antes da lua se cobrir num eclipse completo.
Gratidão.
Namastê!