Digam-me.
Sim, vós, vós que lê.
(Você que lê).
Não que o subestime, não, jamais, pelo contrário: de tão grande que é a estima que nutro por tudo e todos, faz-se necessário o diálogo.
Digam-me qualquer coisa que haja realmente para dizer, pois não há mais nada que precise ser realmente dito, NADA!
Tudo já foi dito! Todas as cores da paleta já foram usadas!
Falem-me qualquer coisa que a Eternidade em que nos embebemos ainda não tenha dito!
Eis que o silêncio sobrepôs-se ao doce ruído do dizer... Inda bem que tem o Pessoa, a Poesia q'ue é Santa... Daí as palavras ficam.
Não há mais o que ser dito, só cantado.