"O BOBO DA CORTE"

Meus sensatos e insensatos colegas...

Venho vos dizer que em breve tempo deixarei de ser "o bobo da corte".

A bebida estava amarga,

O picadinho estava meio azedo,

A barriga doeu, os ouvidos ficaram zoados.

Minha cabeça virou premio de auto estima,

Enfim, vou virar títere de escrivaninha.

Talvez um dia vire atleta da vida.

Penso em ser mendigo numa grande cidade,

Onde possa cantar e escrever de papo para o ar.

Sinto essa cobiça de ser tocado por essa virulenta sensação.

No entanto quero prorrogar meu desejo, pois acabaria sem algibeira.

No tocante à sanha de conseguir persuadir o destino,

Quero vos dizer que a coerência me toca a noite,

De dia tomo uma dose de apreço por mim mesmo.

Não posso ter o prazer de ficar a sombra do belo.

Pois feio fui e feio sou...mesmo sendo tragado pela necessidade.

Assiduidade de ficar mais repleto de vergonha.

Pois os incompetentes têm a mania de desconfiar de tudo.

Sempre olhando de lado errado, enquanto é surrupiado do outro.

Simples tento ser em vos dizer essas asneiras,

Mas como apreço dignifico a sabedoria de nada ser....

No entanto sonho em voltar a ter sonhos...

E correr atrás da minha alegria sem pisar no calo dos outros.