Pro tudo
"Desacreditei de tantas coisas, de tantos pensamentos, tantas vontades... Tantos olhos! Passei a vida inteira passeando tantas vontades, amores, abraços, revoltas. Corri a vida por tantos anos em busca de tudo e às vezes só por correr contra o vento ou nadar na direção contrária. Fui perdendo tanta coisa e encontrando tantos sacos vazios... Tanto 'nada' pra completar as noites... E ainda assim, tendo tão pouco, na ausência de quase tudo, você me quis. Me quis pelo meu jeito de errar desmedidamente e sem freio ou ainda pelo meu amor nada conveniente. Me quis mais ainda porque eu te calçava bem... Era bem verdade que te apertava um pouco o dedão, mas era pra te mostrar que eu estava bem perto. E se assim não fosse, se o enredo e/ou roteiro fossem outros... Ainda seria amor? Amor não é vaidade... Não se carrega alguém na alma pro mundo enxergar, pra não ser só. Amor é quando do 'quase nada' das vielas, se constrói pontes que nos levam a um mundo imenso visto por dois olhares diferentes... E que nunca serão apenas um, pois amor é reconhecer-se e estranhar-se todos os dias... Amor é redefinir sonhos próprios e buscá-los, mas também sonhar em par"!