Prometeu acorrentado
Prometeu criou uma fala
Acorrentado por toda a eternidade e por 30 moedas de prata
Gargalhou quando perdeu a máscara
E chorou quando finalmente sucumbiu à verdade.
Morpheu foi testemunha. Coitado! Não merecia!
Eu quase ri da farsa criada por ele,
Quase acreditei no castelo de cartas marcadas
Ele que antes de tudo, é minha flora e fauna psicológicas.
Sou, portanto, espectadora e crítica da minha própria falácia.
Meu fígado está quase exposto.
Palco da ira e do orgulho,
É retalhado um pouco todos os dias e se regenera no seguinte.
Sou, portanto, a protagonista mais dedicada da peça criada
e escrita minuciosamente em tantas noites insones.
Ah, que eu poderia ser apenas Afrodite. Acredita?
Medusa também me serviria.
Mas... Prometeu? E acorrentado?
Não há justiça neste panteão. Decididamente!
Mas não há como me conformar nem com o deslumbramento medíocre da primeira,
Nem com o poder destruidor da segunda.
Sou talvez, parte do sangue de Aquiles.
Talvez a rebeldia insana de Zeus, mas Prometeu?
Cronos é outro que me cobra
Assim como fez aos filhos, me devora todos os dias,
Sem perdão, sem trégua.
E eu, escrava da própria imagem pintada no lago do equívoco
Tenho que sorver, respirar e beijar os doces lábios envenenados
Do próprio Narciso. Do meu próprio umbigo.
Portanto, taberneiro que observa esta fala estúpida e sem sentido
Traga a taça pintada para os dias finais do filósofo
Não crio nada, só copio.
Deixe que eu me encharque de cicuta.
Prefiro morrer livre em espasmos de dor
Que ceder a exigência de quem acha que me domina.
Prometeu? Eia! Nunca mais!
Prometeu criou uma fala
Acorrentado por toda a eternidade e por 30 moedas de prata
Gargalhou quando perdeu a máscara
E chorou quando finalmente sucumbiu à verdade.
Morpheu foi testemunha. Coitado! Não merecia!
Eu quase ri da farsa criada por ele,
Quase acreditei no castelo de cartas marcadas
Ele que antes de tudo, é minha flora e fauna psicológicas.
Sou, portanto, espectadora e crítica da minha própria falácia.
Meu fígado está quase exposto.
Palco da ira e do orgulho,
É retalhado um pouco todos os dias e se regenera no seguinte.
Sou, portanto, a protagonista mais dedicada da peça criada
e escrita minuciosamente em tantas noites insones.
Ah, que eu poderia ser apenas Afrodite. Acredita?
Medusa também me serviria.
Mas... Prometeu? E acorrentado?
Não há justiça neste panteão. Decididamente!
Mas não há como me conformar nem com o deslumbramento medíocre da primeira,
Nem com o poder destruidor da segunda.
Sou talvez, parte do sangue de Aquiles.
Talvez a rebeldia insana de Zeus, mas Prometeu?
Cronos é outro que me cobra
Assim como fez aos filhos, me devora todos os dias,
Sem perdão, sem trégua.
E eu, escrava da própria imagem pintada no lago do equívoco
Tenho que sorver, respirar e beijar os doces lábios envenenados
Do próprio Narciso. Do meu próprio umbigo.
Portanto, taberneiro que observa esta fala estúpida e sem sentido
Traga a taça pintada para os dias finais do filósofo
Não crio nada, só copio.
Deixe que eu me encharque de cicuta.
Prefiro morrer livre em espasmos de dor
Que ceder a exigência de quem acha que me domina.
Prometeu? Eia! Nunca mais!