Quarteto em BO

Alguém já ouviu falar do grupo musical chamado Quarteto em Cy? Acho que todos nós já ouvimos falar alguma coisa desse grupo vocal, constituído, obviamente, por quatro pessoas. O curioso é que o Cy representa o nome de quatro irmãs, todas elas com nomes que possuem a inicial Cy. São elas: Cybele, Cylene, Cynara e Cyva.

Aqui, na “Bancada da Bola”, também temos um quarteto. Só que seria muita coincidência se todos eles tivessem nomes que coincidissem na primeira sílaba. Assim, cabe ao escritor fazer as denominações que lhe convier, desde que essas considerações não destoem das circunstâncias que envolvem esse quarteto.

Assim, mais do que justificado o título desta homenagem ao se referir ao quarteto de amigos: Pironcelli, André, Emerson e Leco. Essa justificativa não se encerra apenas na questão numérica. O complemento do título se fecha com o Bo, porque os quatro são frutos de amizades duradouras, construídas em torno da afinidade comum com a BOLA. Logo, o Bo em questão se deve ao princípio do grupo voltado para as atividades com a BOLA.

Acho que teve gente que se assustou logo que foi pronunciado o título acima, visto que o Bo poderia estar sendo confundido com boletim de ocorrência. Nada disso, a única ocorrência que tais amigos têm transformado em boletim, são suas proezas dentro de campo. Que, aliás, são muitas.

Registro alguns desses episódios:

O Anderson Pironcelli, em atuação recentíssima, demonstrou que tem se encantando com a desenvoltura de um jogador adversário do seu time do coração – o Corinthians. Sucede que no jogo contra a equipe do Jardim Centenário, na estréia do novo uniforme da “Bancada da Bola”, nosso amigo Piron muniu-se de características “A LA GANSO” da Vila Belmiro, para, relembrando os meias habilidosos do passado, fez passes milimétricos para o atacante Valdir Casagranda. Seus dois passes da noite renderam aplausos da platéia presente, afinal, não é sempre que observamos lances tão majestosos.

Já o André Bossay, teve uma noite de quinta-feira que parecia que estava possuído (lembrando frase do saudoso Valdecir – da Esproval). Nosso amigo, além de estar dotado de preparo físico além das suas forças normais, encarnou a figura emblemática de um antigo ala da seleção brasileira – o Cafu. O intrépido jogador, além de estar efetuando marcação cerrada no adversário, ainda saia desembestado pela ala direita e, numa dessas correrias desenfreadas acabou desferindo um foguete contra o gol. A bola foi morrer nas redes adversárias, deixando o arqueiro estatelado dentro da sua meta sem entender o que havia a acontecido. Um lace raro, é verdade. Mas, aconteceu. Todos estão de prova.

Não vamos olvidar daquelas jogadas desconcertantes do amigo Emerson Morilho em campeonatos recentes. No campeonato de veteranos jogando por determinado time, foi jogador destaque dentro de campo. Sua atuação só era comparável à de Zidane na seleção da França. Além de ser o armador, foi o goleador do time. Entretanto, noutro campeonato entregou a ‘rapadura’ para seu irmão Tulinha, ao protagonizar uma jogada pitoresca onde permitiu que o time do irmão fosse para a semifinal e ele se encarregou de guardar no seu baú das recordações uma rara trapalhada que lhe rendeu muitas gozações.

O Leco, filho de um dos mais antigos oficiais de justiça da Capital – o Tomaz. No início em que esse atacante começou a atuar em nosso time era difícil o diálogo, porque ele estava acostumado a dialogar com o velho pai em guarani. Assim, algumas vezes também queria tratar das jogadas no mesmo dialeto. Resultado, ninguém entendia e o seu rendimento não era dos melhores. Lá um belo dia o técnico lhe aconselhou a falar em português com a “Bancada da Bola”. Daí em diante, as coisas começaram a brilhar para o amigo Leco. Passou a ser o goleador do time e até hoje é difícil que não faça gol quando entra em campo.

Enfim, mudei um pouco o rumo da prosa neste discurso, após participar de algumas aulinhas com o amigo Lalá. Achei que devia cornetar um pouco, afinal, essa filosofia milenar ensinada e executada na “Bancada da Bola” tem sido o prato feito do nosso grupo. Rir é a coisa mais saudável que o homem possui na sua essência de vida. O sorriso no rosto gera saúde e entretenimento.

O fato é que ao prestar mais essa homenagem, desta feita, falando de quatro grandes companheiros que integram nosso grupo, sinto-me, mais uma vez, lisonjeado e orgulhoso, visto que esse clima de camaradagem e de confraternização que move nosso grupo durante todo o ano, só tem a se solidificar a cada dia e a cada encontro fraternal como este.

Assim, sempre falando em nome do nosso grupo, rogo que os homenageados continuem sendo essas pessoas importantes dentro do nosso convívio, já que os quatro amigos que ora são citados sempre souberam valorizar ao máximo essa integração, comparecendo aos jogos, prestigiando a Diretoria Esportiva e, sobretudo, comportando-se como verdadeiros integrantes de um grupo tão unido como o nosso.

Nosso grupo segue a regra ditada por Mário Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas...É cuidar do jardim para que elas venham até você”.

Só Deus é capaz de iluminar nossos caminhos, mas, somos nós, como grupo, que iremos dimensionar a estrada e marchar como soldados em busca dos nossos objetivos esportivos, sociais e filantrópicos.

Acho que nosso grupo se corporifica e se engrandece, a partir das nossas afinidades e dos nossos anseios, pois, aqui, cada um de nós é parte importante do todo. Cabe citação de Charles Chaplin, que diz sobre a proximidade das pessoas e os encantos que elas trazem na sua individualidade: “Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque ela é única e ninguém irá substituí-la. Cada pessoa que passa em nossa vida nos deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que pessoas não se encontram por acaso”.

Parabéns aos quatro aniversariantes. Desejamos que vocês se sintam felizes sempre...

Machadinho
Enviado por Machadinho em 14/03/2012
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