Um trio com 'jogueira'

Não há dúvida de que no dia de hoje podemos usar com perfeita sintonia denominação própria da “Bancada da Bola” para homenagear os aniversariantes, ou seja, podemos dizer que o trio constituído por Paulo César, Flávio e Diogo têm ‘jogueira’, em que pese o último, por ser muito jovem, talvez ainda não tenha se firmado definitivamente nesse posto.

Importante observar que tanto o PC como o Flávio, por serem pessoas maduras e de experiências comprovadas, já selaram um posto de craques em nosso universo futebolístico. O primeiro, a própria história demonstra que seus passos foram todos no sentido de se firmar como alguém dotado de fino trato com a bola, já que foi profissional e nos serviu com suas jogadas clássicas e dignas de elogios. O segundo, que também trilhou história mais ou menos parecida, exibe seus dotes de profunda identidade com a bola, ao demonstrar grande habilidade ao domar a ‘gorduchinha’ quando ela se acha nervosa e aflita. São veteranos, mas suas facetas ainda estão registradas como jogadores que se apresentam para o futebol como dois maestros que alimentam os acordes das jogadas.

Já o jovem Diogo, apesar de demonstrar que herdou algo do pai, por vezes, deixa antever um estilo afoito e apressado que lhe retira um pouco do seu brilho, visto que em certos momentos, levado pela sua jovialidade e pelo seu espírito extremamente otimista, deixa-se levar pelo alto grau de confiabilidade. Como está só começando é certo que terá muita oportunidade pela frente para amadurecer e se tornar um jogador completo no que tange ao perfeito domínio dos fundamentos que norteiam a capacidade de um jogador.

Aliás, sobre este último, posso afiançar que muito já evoluiu como membro da “Bancada da Bola” e como jogador. Tem demonstrado que as ‘brincadeirinhas’ de outrora, quando escondia a camisa sete do time, são coisas do passado e que tem se tornado um menino que aos poucos vai mostrando que se esforça para ser alguém respeitado dentro do grupo, tanto que na última pescaria recebeu efusivos elogios de alguns pescadores presentes, quando, voluntariamente, assumiu o posto de ‘limpador de peixes’, dando conta de boa quantidade de pescado. Sobre essa nítida evolução cito um pensamento do espírita Chico Xavier que diz: “Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocamos nela corre por nossa conta”. Assim, todas as evoluções que o ser humano alimenta em sua vida é fruto do seu próprio esforço, como é o caso do jovem Diogo que estamos homenageando nesta oportunidade.

Não poderia deixar de mencionar a figura exponencial e exemplar do nosso veteraníssimo Paulo César dos Santos, a quem agradeço tanto tempo de convivência e de ensino. Não sei se você se lembra, mas, teve uma época em que eu fazia os cruzamentos para a área adversária sem olhar. O mestre chamou-me a atenção dizendo que aquela jogada era quase inútil. Foi a partir daí que aprendi a cruzar e a olhar a quem vou servir quando faço uma jogada pela linha de fundo.

Não raras vezes, vejo alguém nas arquibancadas se referir ao mestre PC como um jogador elegante e clássico na execução das suas jogadas, sobretudo ante o grande domínio e aos passes certeiros. De fato, esses elogios são sinceros e dignos da figura humana a quem temos a honra de homenagear neste momento. Um homem de família, amoroso com seus familiares. Um patriarca que preside uma grande família com toda sua sapiência e seu discernimento de homem de bem. O PC é um líder nato. Sobre esse seu espírito de liderança, colhi o seguinte ensinamento através de reflexão de Joe Namath: “Para ser um líder você tem que fazer as pessoas quererem te seguir e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo”. Assim, o PC, por ter vocação própria para a liderança sempre estará levando alguém consigo para seguir seus passos, pois todos têm confiança na sua caminhada.

O Flávio Vidal é outro jogador da “Bancada da Bola” que em certas ocasiões enche nossos olhos com jogadas eficientes e determinadas. Recentemente, quem compareceu na nossa Arena Esportiva pode vê-lo dominar uma bola no peito e através de meia bicicleta concluir para o gol. São desses momentos mágicos que vive o futebol. Nosso amigo Flávio, em nosso meio esportivo, é aquele que tem feito a diferença, em face da sua classe e da sua ginga. Um exemplo perfeito de jogador aguerrido e técnico que pode definir uma partida, através de jogadas bem executadas e de conclusões que sempre levam a bola às redes adversárias.

Para definir essa aptidão, faço uma citação do alemão Friedrich Nietzsche: “Numa humanidade tão altamente desenvolvida como é a atual, cada um, por natureza, recebe em dote acesso a muitos talentos. Cada qual tem talento inato, mas só a poucos é dado por nascença e por meio da educação o grau de tenacidade, persistência e energia, para que o indivíduo se torne, realmente, um talento, para que, portanto, venha a ser aquilo que é; ou seja, traduzindo tudo isso em obras e ações”. O Flávio se encaixa nessa máxima de que o talento é inato, mas, para que ele seja desenvolvido é preciso que o seu detentor se empenhe e execute com persistência a sua arte.

Assim, não há dúvida de que hoje estamos diante de três seres humanos de grande valia para nosso grupo. Dois deles prestando sua experiência de vida. O outro aprendendo junto e se doando com sua energia de jovem em prol daqueles mais veteranos. Essa mistura é que determina a grandiosidade do nosso grupo. Já que é se dando as mãos que estamos crescendo. Daí o grande pensamento de Aristóteles: “A amizade pode existir entre as pessoas desiguais. Ela os torna iguais”.

Aliás, sobre as nossas afinidades quero citar neste epílogo um pensamento de Lilian Tonet que diz o seguinte: “As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem”.

Enfim, mais uma vez sinto-me extremamente honrado de poder utilizar de meu talento como escritor amador, para poder externar o pensamento do grupo com relação aos homenageados. Saibam vocês que faço isso com satisfação já que comungo do entendimento de que o ser humano precisa destes tipos de manifestações, para poder crescer e evoluir.

Concluo desejando que os homenageados sejam abençoados pelo nosso Criador, sobretudo para que conservem essa alma cheia de bondade e que continuem a semear entre nós os seus fluídos de harmonia e paz.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 11/11/2011
Código do texto: T3330579