(Texto que falarei de ''improviso" hoje a noite, no Colóquio realizado pelo Cedet para comemorar os seus 18 anos de existência. Quando digo de improviso significa apenas que não levarei papel para ler e então será o que Deus quiser)
Boa noite
Quando o Cedet foi criado e recebeu da Prefeitura Municipal de Lavras todo o apoio para iniciar e tornar-se o que se tornou, eu trabalhava com a Prefeita de Lavras, Jussara Menicucci de Oliveira, como Secretária de Educação: não posso negar, foi uma honra ter participado desse evento.
Voltei a trabalhar com Jussara nesses últimos sete anos, agora chefiando o Departamento de Cultura, razão para ser convidada para estar aqui e abordar nesse colóquio comemorativo do décimo oitavo aniversário do Cedet o tema O desafio da família na orientação do lazer.
Sabemos que educar filhos hoje em dia está cada vez mais difícil: a influência do mundo exterior é muito grande, o apelo da mídia, a convivência com os amigos. Surge então o grande dilema – como livrá-los dos perigos desse mundo turbulento, dos vícios, do comportamento inadequado, do consumismo? Não existem respostas fáceis nem respostas prontas. O caminho é difícil e árduo, mas certamente passa pela família, que sem dúvida continua a ser a base de nossa formação moral e social.
Não tenho filhos. Qual então a minha experiência no assunto?
Não tenho filhos, mas tenho família. Tive avós, tive pai, tenho mãe, irmãos, sobrinhos. Tudo o que sou é o resultado desse processo de relacionamento familiar. As raízes do que penso e gosto estão em minha base familiar.
Aprendi muito com todos os membros de minha família.Isso é relacionar-se.
Em minha avó materna estão as raízes de meu amor pelas histórias que me foram contadas na infância, em sua imensa criatividade o desenvolvimento da minha criatividade e da arte de ouvir e contar casos.
Com meu pai e sua disponibilidade para conversar comigo aprendi desde cedo a me preocupar com os destinos do país e do mundo, a alegria de ouvir e vibrar pelo rádio com os feitos de nosso futebol e o meu amor pela música ao ouvi-lo tocar os inúmeros instrumentos de sopro e vê-lo e ouvi-lo quando a banda passava.
Foi minha mãe que colocou em minhas mãos revistas e livros para que eu pudesse manuseá-los livremente e que acabaram sendo os grandes responsáveis pela minha formaçãointelectual.
Também aprendicom meus tios, os mais velhos e os pouco mais velhos do que eu coisas que continuam indeléveis em minha alma. E com meus primos.
Meus pais tiveram dez filhos, em uma época bem diferente dessa em que vivemos. Apesar da quantidade, acho até que foi mais fácill nos educar do que é hoje. Eu e e meus irmãos guardamos muitas lembranças desses tempos – quando uma criança ia nascer, meu pai saía conosco para passear e vira e mexe um irmão diz: quando fulano nasceu o pai nos levou para ver um bezerrinho, ou outra coisa qualquer.
Dia desses minha irmã perguntou: Você se lembra quando colocava o seu coelhinho dentro de uma caixa e nós íamos para a pracinha do Lurdes levá-lo para comer grama? Eu não me lembrava, mas ela sim, o que mostra o quanto isso foi importante para ela.
Nunca fui cuidadora de crianças. Com elas eu me divertia a ao mesmo tempo as divertia também. Levava os meus irmãos mais novos para passear no Jardim, levava ao cinema, ao circo, tudo o que pudesse ser divertido. Com meus sobrinhos foi a mesma coisa: nada de dar banho, papinha, fazer dormir. Mas ainda me lembro e sei que eles também, do dia em que passaram comigo e eu fiz tudo o que eles queriam fazer. Inclusive um piquenique. Foi com dois deles que aprendi as marcas de automóveis enquanto passeávamos de carro, pela cidade.
Mas o desafio da família na orientação do lazer, precisa de ajuda do poder público para complementá-la. Acredito que Lavras seja uma cidade privilegiada nesse aspecto, temos belíssimos locais de lazer ao ar livre, como nossas Praças e Jardins públicos, o incrível e maravilhoso Parque do Rio Bonito e o Campus da UFLA, além de programas para os jovens, programas que vão além da área específica de Cultura.
Dois grandes programas criados pela Prefeitura Municipal, mais especificamente, pela Prefeita Jussara, foram o Cedet e As Meninas Cantoras de Lavras. Estou certa que os jovens que passaram e ainda continuam a passar por esses programas verão sempre o mundo de uma forma diferente – sabem que existe algo mais para ser conquistado e que está além do horizonte.
Na Cultura temos ainda o Programa Tim, funcionando na cidade há dez anos, com sede própria no Bairro Santa Efigênia, onde arteducadores estão sempre a postos com suas oficinas de lazer, e cultura. Dança, HipHop, Percussão, Artes Plásticas, Circo, Teatro,Música se revesam e culminam na Grande Mostra Final que esse ano será realizada na SELT, no 06 de julho, as 20 horas - o tema? Enquanto houver... E estamos sempre abertos para promover ações que tragam alegria aos jovens, como o apoio a inúmeros grupos de teatro e aulas de bateria, funcionando no Centro Cultural da Estação Costa Pinto.
E esses programas, destinados a área de lazer estão espalhados por outras secretárias e por outros bairros da cidade, como a própria SELT e a PROMOÇÃO A CIDADANIA.Mas nada disso supera a presença da família na arte de direcionar o lazer. Direcionar e participar junto.
Boa noite
Quando o Cedet foi criado e recebeu da Prefeitura Municipal de Lavras todo o apoio para iniciar e tornar-se o que se tornou, eu trabalhava com a Prefeita de Lavras, Jussara Menicucci de Oliveira, como Secretária de Educação: não posso negar, foi uma honra ter participado desse evento.
Voltei a trabalhar com Jussara nesses últimos sete anos, agora chefiando o Departamento de Cultura, razão para ser convidada para estar aqui e abordar nesse colóquio comemorativo do décimo oitavo aniversário do Cedet o tema O desafio da família na orientação do lazer.
Sabemos que educar filhos hoje em dia está cada vez mais difícil: a influência do mundo exterior é muito grande, o apelo da mídia, a convivência com os amigos. Surge então o grande dilema – como livrá-los dos perigos desse mundo turbulento, dos vícios, do comportamento inadequado, do consumismo? Não existem respostas fáceis nem respostas prontas. O caminho é difícil e árduo, mas certamente passa pela família, que sem dúvida continua a ser a base de nossa formação moral e social.
Não tenho filhos. Qual então a minha experiência no assunto?
Não tenho filhos, mas tenho família. Tive avós, tive pai, tenho mãe, irmãos, sobrinhos. Tudo o que sou é o resultado desse processo de relacionamento familiar. As raízes do que penso e gosto estão em minha base familiar.
Aprendi muito com todos os membros de minha família.Isso é relacionar-se.
Em minha avó materna estão as raízes de meu amor pelas histórias que me foram contadas na infância, em sua imensa criatividade o desenvolvimento da minha criatividade e da arte de ouvir e contar casos.
Com meu pai e sua disponibilidade para conversar comigo aprendi desde cedo a me preocupar com os destinos do país e do mundo, a alegria de ouvir e vibrar pelo rádio com os feitos de nosso futebol e o meu amor pela música ao ouvi-lo tocar os inúmeros instrumentos de sopro e vê-lo e ouvi-lo quando a banda passava.
Foi minha mãe que colocou em minhas mãos revistas e livros para que eu pudesse manuseá-los livremente e que acabaram sendo os grandes responsáveis pela minha formaçãointelectual.
Também aprendicom meus tios, os mais velhos e os pouco mais velhos do que eu coisas que continuam indeléveis em minha alma. E com meus primos.
Meus pais tiveram dez filhos, em uma época bem diferente dessa em que vivemos. Apesar da quantidade, acho até que foi mais fácill nos educar do que é hoje. Eu e e meus irmãos guardamos muitas lembranças desses tempos – quando uma criança ia nascer, meu pai saía conosco para passear e vira e mexe um irmão diz: quando fulano nasceu o pai nos levou para ver um bezerrinho, ou outra coisa qualquer.
Dia desses minha irmã perguntou: Você se lembra quando colocava o seu coelhinho dentro de uma caixa e nós íamos para a pracinha do Lurdes levá-lo para comer grama? Eu não me lembrava, mas ela sim, o que mostra o quanto isso foi importante para ela.
Nunca fui cuidadora de crianças. Com elas eu me divertia a ao mesmo tempo as divertia também. Levava os meus irmãos mais novos para passear no Jardim, levava ao cinema, ao circo, tudo o que pudesse ser divertido. Com meus sobrinhos foi a mesma coisa: nada de dar banho, papinha, fazer dormir. Mas ainda me lembro e sei que eles também, do dia em que passaram comigo e eu fiz tudo o que eles queriam fazer. Inclusive um piquenique. Foi com dois deles que aprendi as marcas de automóveis enquanto passeávamos de carro, pela cidade.
Mas o desafio da família na orientação do lazer, precisa de ajuda do poder público para complementá-la. Acredito que Lavras seja uma cidade privilegiada nesse aspecto, temos belíssimos locais de lazer ao ar livre, como nossas Praças e Jardins públicos, o incrível e maravilhoso Parque do Rio Bonito e o Campus da UFLA, além de programas para os jovens, programas que vão além da área específica de Cultura.
Dois grandes programas criados pela Prefeitura Municipal, mais especificamente, pela Prefeita Jussara, foram o Cedet e As Meninas Cantoras de Lavras. Estou certa que os jovens que passaram e ainda continuam a passar por esses programas verão sempre o mundo de uma forma diferente – sabem que existe algo mais para ser conquistado e que está além do horizonte.
Na Cultura temos ainda o Programa Tim, funcionando na cidade há dez anos, com sede própria no Bairro Santa Efigênia, onde arteducadores estão sempre a postos com suas oficinas de lazer, e cultura. Dança, HipHop, Percussão, Artes Plásticas, Circo, Teatro,Música se revesam e culminam na Grande Mostra Final que esse ano será realizada na SELT, no 06 de julho, as 20 horas - o tema? Enquanto houver... E estamos sempre abertos para promover ações que tragam alegria aos jovens, como o apoio a inúmeros grupos de teatro e aulas de bateria, funcionando no Centro Cultural da Estação Costa Pinto.
E esses programas, destinados a área de lazer estão espalhados por outras secretárias e por outros bairros da cidade, como a própria SELT e a PROMOÇÃO A CIDADANIA.Mas nada disso supera a presença da família na arte de direcionar o lazer. Direcionar e participar junto.