Urânia

No dia 13 de junho de 1950 nascia Urânia, tendo como fundador um homem disposto a se embrenhar nas matas, de onde só se sabia da existência de um pequeno vilarejo por nome Tupilândia.

Visionário que era, Zico Braga percebe que o caminho viria pela ferrovia. Luta politicamente para que seja instalada a estação ferroviária em suas terras... E consegue.

Em 1952, constrói um pequeno galpão de madeira diante dos trilhos por onde o trem, rasgando as matas com seu apito, tornaria realidade os sonhos, não só de seu fundador, mas também de todos os bravos pioneiros, os quais acreditaram que o suor dos seus braços e a essência da alma dos sonhadores formariam par e bailariam rapidamente, rumo ao progresso.

E chegamos até os dias atuais.

Agradeço a honra de estar sendo condecorada com o título de Cidadã Uraniense, ao lado de homens e mulheres que, de alguma forma, deixaram suas marcas no solo de Urânia e, ao lado de meu amigo e irmão Joaquim Moncks, lembro a última frase do poeta português Fernando Pessoa que hoje estaria completando 123 anos.

Que diz assim “Eu não sei o que o amanhã trará”

Mas eu, Marilene, sou seta lançada que ainda não atingiu o alvo. Não sei até que ponto terei forças para seguir. O fato é que o vento sopra a favor, deixando a luz da esperança guiar a intuição. Onde poderei chegar ou me deixar levar?

Sei o que quero, e o que espero talvez não seja tão impossível assim. O alvo eu conheço. Só me falta atingí-lo.

Marilene

13/05/11