Posso não saber nada das questões sociais, mas sou parte da sociedade que se alterna entre o bem e o mal, entre o ser e ter. Não basta apenas ser parte do meio em que vivemos; mas poupá-la do desgaste, do desastre dos atos de minhas mãos; salva-la do meu veneno que ao contaminá-la, acaba sendo o mal de todas as classes sociais onde vive o ser.

Ser social não é simplesmente viver sua vida, indiferente ao que acontece com o seu semelhante, mas sentir em sua´lma as alegrias e as tristezas que os fazem compartilhar a vida, como semelhantes racionais.
Os valores estão se invertendo e a cada dia torna-se natural ver cenas de violência por parte daqueles de quem esperamos humanidade, enquanto os animais surpreendem com exemplos de sentimentos para com o outro, seja ele, também animal ou humano.
 

Ser social é viver sua liberdade de ser, sem interferir no que o outro é; é viver a consciência de que o bem que você faz, se estende além de si mesmo e que o mal se desfaça antes de ser fato na vida do próximo ou que se volte contra si mesmo.

Somos fruto de todas as conseqüências do meio em que vivemos. Somos sementes do bem e do mal, pedaços de maldade e de bondade e quando uma dessas partes deixa de atuar a outra se agiganta.

Os que nada fazem pelo bem da vida e do ser, são os que mais contribuem para que degenere sua própria vida e a vida do outro. A degeneração da vida nada mais é que a soma das indiferenças, das individualidades, da má interpretação que hoje fazem do amor.