Falar sobre mim
Falar sobre mim
Ai meu Deus que sufoco!!!
Uma frase que me despertou muito e que somente viera a compreender o seu significado depois dos 30 anos "conheça-te a ti mesmo e arma-te contra a ti mesmo". O pior é que tem sempre aquele lance da esfinge - pensava que esfinge era coisa de egípcio, mas descobri que carrego uma esfinge dentro de mim e que por mais que eu tente entender o que ela diz eu sempre estou sendo devorada.
Devorada pelos olhares, devorada pelas dúvidas, devorada pela cor dos meus cabelos, devorada pela opinião alheia, pela energia, pelo que sei, pelo que não sei, pelas minhas culpas, pelas indulgências, pela sabedoria, pela soberania, pelo bicho homem – bicho danado, sem tato, aos cacos, mais bicho... Bicho da seda, bicho descalço, manhoso, mesmo assim bicho, homem, bicho homem. Que não pensa, não entende, mas come. -. Devorada, devorada, devorada... Sei lá pelo quê.
Ai que desespero! Acho que pra todos nós, saber quem somos é o mais difícil momento. Decifrar-se... Ou devorar-se... Se deixar, ou se acolher, devorada, em momentos infinitos de dúvidas e conchavos, muitos conchavos... Conchavos com aqueles que nos rodeiam no sentido de eles não nos devorarem. Coisa impossível! Luta insensata. Contra quem? Não sei. Mas nos definirem! Quem nos define? Ninguém. Dizem por ai que isso só cabe a mim. É quando colocamos sobre os outros a culpa de nossa falta de compreensão de nós mesmos, é quando exigimos que os outros definam o enigma que somos. E nos embravecemos, nos transformamos em verdadeiras feras, esfinges... E passamos a dar cada vez mais força ao indecifrável.
O pior, é que nos vestimos de seres inveterados e calçamos os mais diversos e atrozes traumas. Queremos, porque queremos que alguém se dê ao trabalho de nos encontrar nos emaranhados que criamos. Entre anjos e demônios, entre Deus e o diabo e muitos caminhos do meio que nunca aprendemos a trilhar, ou mesmo a decifrar porque a vida é assim enquanto temos que nos preocupar em nos proteger nos escondendo em enigmas cada vez indecifráveis. Ai... Perdemos o rumo da viagem porque esquecemos a milagrosa senha que nos faz voltar. Caminho insensato, quase um sono cultural, mas que nos enche de esperança o renascer, o voltar.
Nos momentos atuais o que mais se ver é um devorando o outro mesmo que não saibam que são esfinges. Somos verdadeiramente enigmas e somos enigmas não só para com a gente mesmo, mas para com o mundo que nos cerca. E assim vivemos, vivemos nos devorando com vibrações de amor, com pensamentos de dúvidas, com sentimentos de ciúmes, invejas, traições, violências... Tanta violência! Como encontramos violência nessa trajetória finita e indecifrável que é a vida! Apesar de sabermos que a essência mais pura do amor "já fugiu da terra". Escafedeu-se pelo infinito eterno milimetricamente escondido entre as poeiras cósmicas e as sabedorias milenares deixadas pelos grandiosos mestres, magos e cientistas, cabalistas, astrólogos, numerólogos, indecifráveis homens esfinges, que apesar de imaginarem-se definidos também nos confundem com palavras difíceis, e conclusão mais difícil ainda e com medo, muito medo de que um dia chegássemos a decifrar a esfinge que somos e a esfinge que os outros são, sem que seja preciso tanto enigma, tanta mentira, tanta força bruta, tanto interesse, tanto dinheiro, tanta violência... Tanta coisa, tanta coisa. Ai meu Deus quanta coisa?
Jogos, somente jogos! Jogos de interesse, jogos de dinheiro, jogos saber. Como ganhar nesses jogos? Feitos só pra perder.
Somos todos simples como pombos que esvoaçam no território desconhecido chamado tempo, e tempo que se chama vida.
Somos sagazes como gazelas, que saltitam nos campos e nem sabem de onde vieram e nem para onde vão. Muito menos se perguntam, só lembram em sua genética implantada pela natureza de Deus, que “não plantam e nem colhem, mas nem Salomão em toda a sua glória” foi livre como eles. Quem sabe vão para a boca de um ilustre leão? Rei dos matos, mas não reis de si mesmos já que morrem como nós. Mas sagazes dando vida a natureza, é para o que foram criados, nem se tocam do destino, nem sofrem... São livres, somente livres.
Somos prudentes como serpentes, galgando passo a passo a estrada do tempo que se chama vida, mas não queremos engolir sapos. Assim se alguém nos obrigar a algo que não queremos, viramos outros bichos dessa vez peçonhentos aranhas caranguejeiras, mortíferas feras desenhadas pela raiva, pela ira, perdendo o pombo, a pomba e vivendo, vivendo a quimera de outrora tão mansa e branca, voando...
No mesmo instante somos gazelas que mesmo sagazes morrem na companhia de uma idolatria que não questiona, mas endeusa, não a si mesma porque sagacidade não é muito valorizada e o ser esfinge que Deus criou na terra joga fora, lá na lata do lixo essa dádiva pensando que nada vale para sua segurança na terra. Prefere a força bruta e se lança em meio aos leões buscando abocanhar o que não consegue comer. Nessa luta desigual nasce a violência, entre os homens, entre os bichos, entre os seres da terra que na busca de defender a esfinge peca, mata, esfola, numa guerra terrível – contra ninguém – contra a sua própria esfinge criada pra ser decifrada, mas que devora.
Ou então quem sabe nos tornemos prudentes? Ai nasce a serpente, mas pintada de cores venenosas entre o preto e o vermelho espantamos ou engolimos coisas maiores que sapos. São os lados contrários de cada esfinge.
Ah!! Quisera me conhecer, poder definir além do finito ser o que mora por trás de mim.
Ah!! Quisera encontrar quem me decifrasse, me dando o recado de Deus para uma boa caminhada, tranqüila, elevada quase uma brisa.
Mas, coisa impossível já que sou uma esfinge, simplesmente esfinge.
Ah!! Quisera dizer palavras cheias das mais lindas verdades. Mas como achar-me diante de tantos espelhos, e muitos disfarçados em sentimentos, mais indecifráveis ainda?
"Somente Deus conhece Deus em sua figura simples e hieroglífica" - Sou esfinge, ou seria hieroglífica? Não sei... Talvez os dois.
Mas verdadeiramente decifrar-me, falar sobre mim é difícil, às vezes até inconcebível, dependendo do estado de espírito. Mas sei que tenho qualidades, sei que tenho amor, ele ainda não fugiu de mim. Sei que ainda sou "amante a moda antiga", ainda guardo em mim a ternura de mulher, mãe, amiga, companheira, me escondo do meu pai pra fumar, me envergonho com seu ralho, como se fosse menina , ainda espero as flores, ainda espero pelo "amasso no portão", o príncipe, o cadilac, a dança ao luar e tudo mais. Porém, as mais diversas esfinges também querem vencer esse jogo e nunca se decifram – devoram-se – e com lágrimas nos olhos percebo que me devoram também. Sempre, toda vez que tento um olhar sob outro ângulo – me devoram também, com sua guerra, seus traumas, medos, que se tornam meus também.
Quer saber? Isso não tem mais importância, o que me resta é a saudade. Dói... Tento guardar em meu ser, lá bem profundo. Pra ninguém achar, nem eu... Um tanto esquecida porque nos dias de hoje os saudosos são tolos, são fracos. A ternura morreu em todos nós, olhamos as nuances de responsabilidades, confundimos tudo, imaginamos que ser responsáveis é sermos sofridos, doloridos, tristonhos e envelhecemos pensando tais bobeiras, tortuosas que levam a morte sem nos decifrar, e continuamos esfinges em busca de um lugar no infinito. Antes de morrer pela velhice traiçoeira deitamos nossa cabeça ao travesseiro, amigo e companheiro, e nos deleitamos em buscar Deus em uma prece, em uma lágrima. Passamos a dormir nosso sono na igreja, nas aleluias, mas não admitimos que a responsabilidade de nos decifrar fosse só nossa.
Nem ousamos olhar no espelho, nos escondemos, buscamos os bisturis que muitas vezes nos atraiçoa com a morte precoce ao invés de nos ajudar a esconder, e por fim em um momento qualquer uma semente renascida das cinzas que foram nossas - um filho, um neto, um bisneto - nos faz renascer numa lembrança de amor infinito que leva a reviver no Deus que procuramos na terra, e encontramos naqueles que não nos esquecem, nos amam. Nem as armas, nem a maledicência, nem o medo, nem os conchavos, nem o jogos, dinheiro nenhum no mundo nos livra desse ciclo.
Puxa! Deus é o cara mais inteligente que já tencionei conhecer. Esconde esse tesouro no mais profundo de nós e mesmo que nos tornemos tiranos ou santos só nos revela quando o alcançamos. E assim nos conhecemos, nos deciframos, somos felizes, infinitos na memória e no coração daqueles que ficam e nas nuvens do céu, porque é lá que nos procuram quando se lembram que um dia estivemos aqui.
Engraçado! Até provas científicas já nos convencem que nunca saímos daqui, pertencemos a terra, vamos, voltamos numa viagem sem fim.
Enfim nos deciframos... E o que buscamos em uma vida se torna apenas lembranças e ai ficamos saudade... Mas ainda não é fim, talvez o começo de um novo anseio... VOLTAR - DECIFRA-ME ou DEVORAR-ME, este é o meu retrato.
Falar sobre mim
Ai meu Deus que sufoco!!!
Uma frase que me despertou muito e que somente viera a compreender o seu significado depois dos 30 anos "conheça-te a ti mesmo e arma-te contra a ti mesmo". O pior é que tem sempre aquele lance da esfinge - pensava que esfinge era coisa de egípcio, mas descobri que carrego uma esfinge dentro de mim e que por mais que eu tente entender o que ela diz eu sempre estou sendo devorada.
Devorada pelos olhares, devorada pelas dúvidas, devorada pela cor dos meus cabelos, devorada pela opinião alheia, pela energia, pelo que sei, pelo que não sei, pelas minhas culpas, pelas indulgências, pela sabedoria, pela soberania, pelo bicho homem – bicho danado, sem tato, aos cacos, mais bicho... Bicho da seda, bicho descalço, manhoso, mesmo assim bicho, homem, bicho homem. Que não pensa, não entende, mas come. -. Devorada, devorada, devorada... Sei lá pelo quê.
Ai que desespero! Acho que pra todos nós, saber quem somos é o mais difícil momento. Decifrar-se... Ou devorar-se... Se deixar, ou se acolher, devorada, em momentos infinitos de dúvidas e conchavos, muitos conchavos... Conchavos com aqueles que nos rodeiam no sentido de eles não nos devorarem. Coisa impossível! Luta insensata. Contra quem? Não sei. Mas nos definirem! Quem nos define? Ninguém. Dizem por ai que isso só cabe a mim. É quando colocamos sobre os outros a culpa de nossa falta de compreensão de nós mesmos, é quando exigimos que os outros definam o enigma que somos. E nos embravecemos, nos transformamos em verdadeiras feras, esfinges... E passamos a dar cada vez mais força ao indecifrável.
O pior, é que nos vestimos de seres inveterados e calçamos os mais diversos e atrozes traumas. Queremos, porque queremos que alguém se dê ao trabalho de nos encontrar nos emaranhados que criamos. Entre anjos e demônios, entre Deus e o diabo e muitos caminhos do meio que nunca aprendemos a trilhar, ou mesmo a decifrar porque a vida é assim enquanto temos que nos preocupar em nos proteger nos escondendo em enigmas cada vez indecifráveis. Ai... Perdemos o rumo da viagem porque esquecemos a milagrosa senha que nos faz voltar. Caminho insensato, quase um sono cultural, mas que nos enche de esperança o renascer, o voltar.
Nos momentos atuais o que mais se ver é um devorando o outro mesmo que não saibam que são esfinges. Somos verdadeiramente enigmas e somos enigmas não só para com a gente mesmo, mas para com o mundo que nos cerca. E assim vivemos, vivemos nos devorando com vibrações de amor, com pensamentos de dúvidas, com sentimentos de ciúmes, invejas, traições, violências... Tanta violência! Como encontramos violência nessa trajetória finita e indecifrável que é a vida! Apesar de sabermos que a essência mais pura do amor "já fugiu da terra". Escafedeu-se pelo infinito eterno milimetricamente escondido entre as poeiras cósmicas e as sabedorias milenares deixadas pelos grandiosos mestres, magos e cientistas, cabalistas, astrólogos, numerólogos, indecifráveis homens esfinges, que apesar de imaginarem-se definidos também nos confundem com palavras difíceis, e conclusão mais difícil ainda e com medo, muito medo de que um dia chegássemos a decifrar a esfinge que somos e a esfinge que os outros são, sem que seja preciso tanto enigma, tanta mentira, tanta força bruta, tanto interesse, tanto dinheiro, tanta violência... Tanta coisa, tanta coisa. Ai meu Deus quanta coisa?
Jogos, somente jogos! Jogos de interesse, jogos de dinheiro, jogos saber. Como ganhar nesses jogos? Feitos só pra perder.
Somos todos simples como pombos que esvoaçam no território desconhecido chamado tempo, e tempo que se chama vida.
Somos sagazes como gazelas, que saltitam nos campos e nem sabem de onde vieram e nem para onde vão. Muito menos se perguntam, só lembram em sua genética implantada pela natureza de Deus, que “não plantam e nem colhem, mas nem Salomão em toda a sua glória” foi livre como eles. Quem sabe vão para a boca de um ilustre leão? Rei dos matos, mas não reis de si mesmos já que morrem como nós. Mas sagazes dando vida a natureza, é para o que foram criados, nem se tocam do destino, nem sofrem... São livres, somente livres.
Somos prudentes como serpentes, galgando passo a passo a estrada do tempo que se chama vida, mas não queremos engolir sapos. Assim se alguém nos obrigar a algo que não queremos, viramos outros bichos dessa vez peçonhentos aranhas caranguejeiras, mortíferas feras desenhadas pela raiva, pela ira, perdendo o pombo, a pomba e vivendo, vivendo a quimera de outrora tão mansa e branca, voando...
No mesmo instante somos gazelas que mesmo sagazes morrem na companhia de uma idolatria que não questiona, mas endeusa, não a si mesma porque sagacidade não é muito valorizada e o ser esfinge que Deus criou na terra joga fora, lá na lata do lixo essa dádiva pensando que nada vale para sua segurança na terra. Prefere a força bruta e se lança em meio aos leões buscando abocanhar o que não consegue comer. Nessa luta desigual nasce a violência, entre os homens, entre os bichos, entre os seres da terra que na busca de defender a esfinge peca, mata, esfola, numa guerra terrível – contra ninguém – contra a sua própria esfinge criada pra ser decifrada, mas que devora.
Ou então quem sabe nos tornemos prudentes? Ai nasce a serpente, mas pintada de cores venenosas entre o preto e o vermelho espantamos ou engolimos coisas maiores que sapos. São os lados contrários de cada esfinge.
Ah!! Quisera me conhecer, poder definir além do finito ser o que mora por trás de mim.
Ah!! Quisera encontrar quem me decifrasse, me dando o recado de Deus para uma boa caminhada, tranqüila, elevada quase uma brisa.
Mas, coisa impossível já que sou uma esfinge, simplesmente esfinge.
Ah!! Quisera dizer palavras cheias das mais lindas verdades. Mas como achar-me diante de tantos espelhos, e muitos disfarçados em sentimentos, mais indecifráveis ainda?
"Somente Deus conhece Deus em sua figura simples e hieroglífica" - Sou esfinge, ou seria hieroglífica? Não sei... Talvez os dois.
Mas verdadeiramente decifrar-me, falar sobre mim é difícil, às vezes até inconcebível, dependendo do estado de espírito. Mas sei que tenho qualidades, sei que tenho amor, ele ainda não fugiu de mim. Sei que ainda sou "amante a moda antiga", ainda guardo em mim a ternura de mulher, mãe, amiga, companheira, me escondo do meu pai pra fumar, me envergonho com seu ralho, como se fosse menina , ainda espero as flores, ainda espero pelo "amasso no portão", o príncipe, o cadilac, a dança ao luar e tudo mais. Porém, as mais diversas esfinges também querem vencer esse jogo e nunca se decifram – devoram-se – e com lágrimas nos olhos percebo que me devoram também. Sempre, toda vez que tento um olhar sob outro ângulo – me devoram também, com sua guerra, seus traumas, medos, que se tornam meus também.
Quer saber? Isso não tem mais importância, o que me resta é a saudade. Dói... Tento guardar em meu ser, lá bem profundo. Pra ninguém achar, nem eu... Um tanto esquecida porque nos dias de hoje os saudosos são tolos, são fracos. A ternura morreu em todos nós, olhamos as nuances de responsabilidades, confundimos tudo, imaginamos que ser responsáveis é sermos sofridos, doloridos, tristonhos e envelhecemos pensando tais bobeiras, tortuosas que levam a morte sem nos decifrar, e continuamos esfinges em busca de um lugar no infinito. Antes de morrer pela velhice traiçoeira deitamos nossa cabeça ao travesseiro, amigo e companheiro, e nos deleitamos em buscar Deus em uma prece, em uma lágrima. Passamos a dormir nosso sono na igreja, nas aleluias, mas não admitimos que a responsabilidade de nos decifrar fosse só nossa.
Nem ousamos olhar no espelho, nos escondemos, buscamos os bisturis que muitas vezes nos atraiçoa com a morte precoce ao invés de nos ajudar a esconder, e por fim em um momento qualquer uma semente renascida das cinzas que foram nossas - um filho, um neto, um bisneto - nos faz renascer numa lembrança de amor infinito que leva a reviver no Deus que procuramos na terra, e encontramos naqueles que não nos esquecem, nos amam. Nem as armas, nem a maledicência, nem o medo, nem os conchavos, nem o jogos, dinheiro nenhum no mundo nos livra desse ciclo.
Puxa! Deus é o cara mais inteligente que já tencionei conhecer. Esconde esse tesouro no mais profundo de nós e mesmo que nos tornemos tiranos ou santos só nos revela quando o alcançamos. E assim nos conhecemos, nos deciframos, somos felizes, infinitos na memória e no coração daqueles que ficam e nas nuvens do céu, porque é lá que nos procuram quando se lembram que um dia estivemos aqui.
Engraçado! Até provas científicas já nos convencem que nunca saímos daqui, pertencemos a terra, vamos, voltamos numa viagem sem fim.
Enfim nos deciframos... E o que buscamos em uma vida se torna apenas lembranças e ai ficamos saudade... Mas ainda não é fim, talvez o começo de um novo anseio... VOLTAR - DECIFRA-ME ou DEVORAR-ME, este é o meu retrato.