O MAPA É VERDADEIRO
Falar em público, sem dúvida, é uma ação que trás em si uma grande responsabilidade – especialmente se o público for constituído de pessoas iluminadas por Deus! É com esta consciência que faço uso da palavra nesta noite, esperando, no entanto, que seja a inspiração de Deus, e não a razão humana, a base de toda argumentação por mim empreendida.
Agradeço e saúdo ao amado pastor, bem como à querida igreja, com a muito significativa saudação usada pelo apóstolo Paulo, quando este escrevia aos seus interlocutores: “Graça e paz”! Que a graça e a paz do SENHOR os acompanhem por onde quer que andarem!
Amados do SENHOR, um dia desses, eu estava refletindo sobre a missão da Igreja nesta Terra. E me perguntava: qual é a grande responsabilidade que pesa sobre nós? __ nós os que, por uma ação sobrenatural, temos crido no Evangelho. Como todos já estão deduzindo, eu cheguei, de fato, à mesma conclusão a que, em outras reflexões anteriores, muitas vezes, tenho chegado: é nossa missão levar a Verdade, JESUS, a todas as pessoas.
“Bom, mas... isto não é novo. Todos o sabemos!”, talvez alguém questione (e com razão).
O que eu quero destacar nestes argumentos, na verdade, são as questões que emanam da ação de pregar o Evangelho. Não se pode provar que a salvação só é possível através de Cristo, se o objeto da persuasão (no caso, o interlocutor) não estiver convicto de que está, em princípio, separado de Deus por causa do pecado. Esta consciência, por outro lado, aponta para o Éden, ou seja, para a gênese do homem, contexto em que o mesmo desobedece a Deus.
Em outras palavras, pregar Cristo consiste, necessariamente, em provar que a Bíblia é a verdade. E isto em um contexto progressivamente desfavorável, considerando-se, neste caso, o contexto das “descobertas” científicas e muitas ideologias de natureza filosófica, as quais comumente assumem posições antibíblicas. Há quem afirme, por exemplo, que o homem não foi criado por uma ação direta de Deus, mas evoluiu a partir de macacos. Para outros, Jesus não passa de um ser histórico e nada mais. Alguns o reconhecem como profeta, mas não o aceitam como salvador, para os quais é inadmissível a afirmação de que Cristo é o próprio Deus, o qual se fez carne.
É verdade que não podemos convencer a todos. O apóstolo Paulo, na epístola ao coríntios, faz uma afirmação muito interessante: “Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalos para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus”. 1 Cor. 1: 22- 24. Somente os que são chamados conseguem compreender aquilo que está acima da razão. Como explicar racionalmente a ação divina de se tornar homem? A morte de Cristo e sua ressurreição? Estamos diante de fatos inacessíveis à lógica __ a menos que esta seja redimida pela revelação. Sem o mover do Espírito Santo, a mente humana não consegue entender.
“O que fazer, então, diante desse desafio?”, pergunta alguém, com uma curiosidade indisfarçável nos olhos (pena que não os posso ver, enquanto escrevo!). Acredito que o ponto de partida não poderia ser outro, senão uma consciência irrefutável de que a Bíblia é a verdade. Digo isto porque muitos cristãos poderiam, em algum momento de descuido ou de apuro, oscilar quanto a algumas afirmações bíblicas. A maneira de Santo Agostinho, é “preciso crer para entender” (credo ut intellegam), mesmo que a razão não compreenda.
Há um raciocínio lógico que, embora não possa ser aplicado aos não-crentes, ajuda a reiterar a veracidade da Bíblia (fato que julgo extremamente relevante, posto que a crença bíblico-cristã e comumente e constantemente posta à prova). Imagine você a seguinte situação: alguém, após viajar para uma cidade distante, encontra ocasionalmente, enquanto visita os museus daquela cidade, um mapa que traça exatamente o local onde se encontra, escondido, um grande tesouro. Não é possível saber se o mapa é verdadeiro. Pode ser uma emboscada! Mas se a pessoa resolver correr o risco e, finalmente, encontrar o tesouro, não terá mais dúvida a respeito do mapa (o mapa é verdadeiro!). O tesouro é Cristo; o mapa, as Escrituras. Não sei de que forma você encontrou o tesouro; se foi através de investigação direta e individual na Palavra de Deus, ou indiretamente, através de terceiros. Em ambas os casos, isto só foi possível porque existe um Mapa que diz exatamente como e onde procurar o tesouro. Se você pode olhar para dentro de si e sentir Cristo brilhar, então não há razão para ter dúvidas: O MAPA É VERDADEIRO! E você um dos muitos que peregrinam por este planeta, com uma missão que atravessa os Céus e a Terra: levar Cristo ao mundo, para que a reconciliação com Deus floresça em cada coração a Paz reine eternamente. Que o SENHOR esteja consigo!