OSTENTAÇÃO: O MAL MAQUIADO DE BONITO!

Ah!
Como perdemos tanto tempo por descaminhos!
Ofendemos, caçoamos e tramamos sem dó, sem...!
Nos esforçamos duma tal forma, alimentando erros reconhecidos!
Damos crédito e valor às aparências, a valores sem valor!
Fechamos janelas, cerramos portas a eventuais, e possíveis amizades sinceras!
Perdemos um tempo que não temos, trocando insultos e medindo forças!
Desrespeitamos e aviltamos demais o singelo e o sagrado!
Ao mesmo tempo traímos e abandalhamos o humilde e o humano!
Colocamos entraves ao perdão e muitos “nãos”, ao confesso arrependido!
Subjugamos ao fraco valoroso e enaltecemos demais ao aparente vistoso!
Damos a pureza o rótulo de fraqueza, e de sem ambição!
Valorizando o que vem de fora, pondo pra fora e afastando o de dentro, o nativo, o cativo!
Segregamos o que deduzimos e convencionamos não ser do padrão, um padrão que criamos!
Perdemos nosso escasso tempo reverenciando ao ilusório e ao caiado!
Construímos um pedestal com nossas próprias mãos injustas e colocamos lá o vazio de sentimentos! O grande de aparências e a falsidade endeusada!
Fazendo tudo isso, melhor..., deixando de fazer o que de fato tem valor, só realimentamos a vontade do mundo, que há muito se encontra doente, que não perde a pose, mas que não se dá conta que já perdeu a razão!