A MÔNICA E O MORRO

A MÔNICA E O MORRO

Marília L. Paixão

Era uma vez muitas Mônicas.

Um dia uma me fez perceber passado alguns anos que eu não tinha nenhuma foto dela.

E esta por sua vez era uma Mônica muito importante.

Outro dia uma outra Mônica, recente conhecida minha me fez escrever um texto chamado AS RUAS FICAM MAIS BELAS.

Agora uma outra Mônica, conhecida mais de perto minha está prestes a me fazer escrever outro texto. Não é que as ruas ficam mais divertidas com as Mônicas?!

Mas escrever pra esta Mônica não será uma tarefa muito fácil...

Tem hora que a gente tem que medir as palavras assim como o cabeleireiro mede as pontas dos cabelos que serão cortadas e eu não sei lidar bem com tesouras. Se eu me cortar vai sangrar!

Mas as Mônicas que eu conheço são bem prestativas. Essa Mônica deve saber fazer um bom curativo. Se eu adoecer ela é capaz de me trazer uma barra de chocolate amargo bem gostoso. Se bobear ela é capaz de fazer uma comidinha caseira para mim. Para uma Mônica boa assim eu deveria não escrever um simples texto destes que eu escrevo. Ela merecia um texto escrito por um Bernard Gontier ou uma Vany Grizante. Quem sabe ela não merecia também uma música composta pela Fátima Guedes e interpretada pela Elis Regina? Tem coisas que ficam melhores de uma forma que a alma ou a empatia explica.

Existem pessoas que de tão simpáticas ou de tão boas a gente não sabe o que fazer para agradar. Então vou aqui tentando por em prática o como não desagradar. Breve estarei craque nisto! Existe receita de como fazer e preservar amigos?

A Primeira de todas as Mônicas que eu conheci é a da revistinha amiga e inimiga do Cebolinha. Passei anos com essa Mônica em minha vida. Adoro essa Mônica até hoje!

Fala se ela não é uma gracinha?! Com coelho ou sem coelho aprendi a temer as Mônicas e a gostar de coelhos. Veja como tudo começou...

Lembro em uma ocasião lá no final do primeiro ano primário, pode até ser segundo! Lembro que uma Mônica bem fortezinha ameaçou bater na minha irmã caçulinha um aninho mais nova que eu. Neste caso eu que teria que proteger minha irmãzinha que não era nada santinha. Quando ela me contou que uma Mônica tinha dito no recreio lá que ia dar um coro nela no final da aula, eu logo perguntei que Mônica era aquela! Ela deu uma virada de cabeça e dei de cara com uma Mônica de cabeça do tamanho de uma janela. No final daquela aula eu virei para a irmãzinha e disse: Pernas servem para correr! Segure bem seus caderninhos que eu amo você.

- Nós vamos correr dela?!

- Claro!!! Você acha que vamos ficar aqui esperando para apanhar dela?

- Mas eu vim de chinelo hoje, a sandália estava machucando.

- Me dá seu chinelo aqui e trate de não cair e corra atrás de mim.

E assim que saímos do meio do movimento da meninada, vimos que a tal Mônica vinha em nossa direção e corremos. Ela começou a correr atrás da gente feito um monstrinho raivoso. Eu nem sabia o que minha irmã tinha feito a ela...

Então ela disse toda avermelhada:

- Eu não vou agüentar subir o morro correndo.

- Quer parar e esperar a Mônica te bater?!

- Não!

- Então para de conversar e corre.

Corremos e corremos até um pouco do morro. Olhei para trás e a Mônica estava que eram puros dedos e palavrões, mas não ia dar conta do morro de tão gordinha.

- Olhei para a santinha da minha irmã e pensei: amanhã você vai para a escola sozinha!!!

Não é que no dia seguinte a minha irmã santinha adoeceu e quem foi para a escola sozinha morrendo de medo fui eu?!

Moral da história: Nem toda Mônica merece um poema de amor, mas de humor, merecem.

Outra Moral da história: Eu sabia que eu não saberia escrever um texto que prestasse para essa Mônica minha amiga, pois ela é muito divertida e fico com mais vontade de sorrir que escrever.

PARA MÔNICA DE GV COM CARINHO.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 07/05/2008
Código do texto: T979165
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