Abraço da leitura
A leitura é algo muito difícil de lidar quando a intimidade com a mesma não agrada o leitor. O que vou contar agora serve de reflexão e pode ser usado como estratégia para buscar novas almas para o mundo incrível do surf nas letras, com os olhos atentos, como se estivesse a deslizar no mar de águas imaginativas.
Imaginando coisas belas é que observo a leitura nos dias atuais, porém num passado próximo não era assim, o livro era meu inimigo número um, haja vista tinha um apego muito grande com os números e dessa forma empurrava o português para ultimo plano. Não podemos viver sem o ato de ler, não podemos ter visão sem interpretar a situação que nos rodeia, por sua vez não podemos ter visão do todo sem entender o contexto.
Mas, que contexto eu poderia entender sem saber interpretar? Fui mendigado dessa virtude por iludir meu entendimento com uma única forma do saber – mexer com os números – sem questionar meu próprio crescimento segui adiante com os olhos vendados. Feliz daquele que tem intimidade com números! Era assim que me via, era assim que sempre sorria, e era dessa forma que estamparia meu fracasso se continuasse voltando às costas para os seletos sussurros das letras.
O dia que tirei a venda dos olhos foi o mesmo que me concedeu a verdadeira degustação da sede esquecida por uma ignorância reprimida, por um conhecimento mesquinho e pensamento redutivo. Comecei sem gostar é claro! Mas é assim que tudo se renova, mergulhar na mudança, mesmo que essa pareça um bicho-papão temos que conhecer a fundo as escritas e seus significados.
Ler por ler, pode até fazer o cérebro decorar quantas letras tem uma palavra, contudo saber o significado, entender o que os diversos autores querem nos expor através de suas obras, ah!!! Amigos tem que suar as pestanas, fazer os olhos escutarem as falas que não tem som, os barulhos que rasgam o silencio na mente procurando a melhor forma de entender uma explicação mórbida, mas que faz nosso dia-a-dia mais rico de sabedoria.