BAIXINHO MARRENTO.

O cara chegou olhou-me de cima em baixo, mais de baixo pra baixo sabe, porque não sou alto não.

Ele, nos seu 1,84; e eu, me espichando todo pra crescer forçado, na marra, mais um centímetro e dizer 1,70 e daí qual é!

Mas, 10 centímetros a mais é coisa pra caramba.

Não é só a altura vertical que faz a diferença.

Tem aquele troço de raio, de circunferência, de perímetro, que fazem dez centímetros de altura criar uma criatura quase gigante pra mim.

Não sou nanico não, o cara é que cresceu demais.

Pra início de conversa, vamos deixar isso bem claro.

Mas precisava chegar perto assim, só pra olhar de cima pra baixo, tentando intimidar-me?

Não adianta, baixinho é marrento e como jumento morre mas não desempaca.

A trama tá formada, o pau vai quebrar.

Eu tô mais perto do saco dele, já tô mirando lá.

Sou mais ligeiro, tenho menos espaço a percorrer e num bailado tosco meto-lhe um soco que vai doer.

Que cara folgado! Só porque é grandão acha que vai se dar bem.

Tô falando, tô irado. Não se mete com baixinho. Vai me baixar o santo encrenqueiro do Romário e a coisa vai feder.

Viajei tanto com a situação que não prestei atenção num pequeno detalhe, que fêz a diferença. Era só um turista perdido, pedindo uma informação.

Que bom, sorte dele!.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 07/01/2006
Reeditado em 07/01/2006
Código do texto: T95635