SEM RUMO.
Caminhando aflito, ofegante e sem rumo.
Que rumo seguir?
Uma pergunta que tocava os tímpanos, ensurdecedora.
Que rumo seguir?
Como racionalizar numa hora dessas?
Como os prós e os contras contabilizar?
Uns lhe agitavam as mãos, dizendo: sortudo!
Outros, diziam: vai ser flamenguista!
Da Mangueira, Da Beija-flor, outros emendavam.
Ele, atordoado, seguia sem rumo.
Que rumo dar, conciliar duas notícias.
Voltara das férias
E neste dia soubera
Ser papai e mais um desempregado.