CRÔNICA DO AMOR DE ABRIL

CRÔNICA DO AMOR DE ABRIL

Marília L. Paixão

Caiu com uma cor disfarçada lá de um céu de longe. Disse que queria um beijo, mas não um beijo insone. Olhei para o amor com os olhos bem arregalados. Será que amor cai assim de qualquer lado? Mas já era um lado e meio de muita simpatia. Amores assim são do tipo que dizem bom dia até para as andorinhas.

Pensei se colocaria óculos de sol antes de responder ao bom dia. Procurei em minhas gavetas uma arma protetora. Amor pode ser pimenta nos olhos. Pode ser! Amor pode nos dar tiros de idiotice no peito, pode ser! Amor também é aquilo que nos faz perder um pouco o brio, pode ser! Mas não pode nos fazer matar ninguém ou nenhum outro alguém pequenino com nossas loucuras. Isso não pode ser!!!

Amor depois vai se ler no jornal e se vê marginal e pensar que pode passar a vida na cadeia por amor a um outro? Ah! Este amor é mais que louco, é irreal, só faz mal e não adianta procurar remédio para este mal tão maléfico. Que este amor não é abençoado por nenhum Deus que sabe não dar conta de acudir a tempo nenhum contratempo deste desequilibrado amor sem sustento.

Amor e suas vítimas do tormento, assim como a vítima o vilão deve se calar e se hospedar numas quatro paredes por um tempo.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 16/04/2008
Código do texto: T948249
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