a tecnologia e nós
A tecnologia e nós
O mundo de hoje caminha numa velocidade impressionante.
O MP 5 que o colega comprou no mês passado e está carregando enroscado no passa douro da calça, já está desatualizado, se olharmos na ótica da informatização.
Os computadores vão virando sucata a cada mês.
As novidades caminham numa velocidade que até quem as fabricam, não as acompanham.
Isso vale para os automóveis, eletros-domésticos, lavadeiras e tudo o que a tecnologia ajuda, ou influencia, ou domina no processo de fabricação.
Tudo por causa do sistema consumista. Há necessidade de criar o espírito consumista nas pessoas.
No mundo dos celulares a última geração dura por volta de um ou dois meses.
Na realidade, hoje não se pode mais dizer última geração e sim em geração desenfreada em consumir os produtos que não geram necessidade, mas vício em consumir.
Uma novidade bolada para pegar os inconscientes desavisados de plantão.
O celular tem uma finalidade última: comunicação. Comunicar com outras pessoas ou receber comunicações de outros em momentos cruciais ou de necessidades.
Mas hoje, ele tornou-se um micro dos micros computadores.
O celular virou máquina fotográfica, rádio, toca-música, internet, pasta de escritório, relógio digital e mais uma série de fascínios.
Uma máquina cara e desajustada.
Serve para o bem e para o não bem.
Servem para alunos dizerem aos seus mestres que são sabidos, pelos resultados das avaliações.
Servem para maridos dizerem para as esposas onde elas acreditam que eles estão.
Servem para os presidiários negociarem com mais eficácia de dentro dos presídios, do que na liberdade.
Servem para criar necessidades naqueles que ainda não os têm!
Assim podemos dizer que a velocidade da informática, está levando os seres humanos por um caminho onde o importante é ver e ouvir.
Não se lêem mais. As memórias ficaram preguiçosas!
Quem gosta de escrever como eu gosto, está num mato sem árvores.
Porque nossas mentes ambulantes adoram ver novidades pelas televisões, ouvir pelos rádios e outros meios de comunicação.
E a velocidade das coisas caminha numa dimensão onde a maioria dos cérebros não consegue pensar. Apenas aceita o que uma minoria pensou e ouve o que outra minoria elaborou.
Isso é sério. São os pica-paus da vida rolando de azul e vermelho nas telas dos televisores e fazendo nossas crianças crescerem adorando aquelas maldades e gente grande aclamando tais aventuras depois de um dia de trabalho, enquanto descansa no sofá, observando os avivas e travessuras de um mundo distante do nosso.
Acho que o que esta mandando hoje na nossa gente é a velocidade, a imagem e o som.
É isso!
Acácio