Convenções Humanas
Hoje eu estava refletindo sobre o porquê de os homens não poderem usar rosa. Deve ser pelo mesmo motivo que o dia tem vinte e quatro horas. Pelo mesmo que o ano tem trezentos e sessenta e cindo dias. Pelo menos acho que Einstein pensava assim.
Inteligentíssimo Einstein. Mas o que é ser inteligente mesmo? Será que é apenas ter um diploma universitário? Ou decorar um monte de fórmulas de física para tirar sete no dia da prova? Ah, eu tinha um papagaio que recitava todas as fórmulas do movimento uniformemente acelerado. Ele não sabia usar, mas recitava. Mas tudo bem, eu também não sei voar.
Mas acho que ser inteligente é diferente. Esta palavra originária do latim, junção do prefixo inter+legiere, significa inter ler, ou seja, ler o que está nas entrelinhas. Pois o que está escancarado até eu vejo. É verdade!
Aliás, o que é a verdade? Dizia um filósofo que não existe nada de verdade que não tenha passado pelos sentidos. Pode ser. E por isto precisamos desenvolver outros sentidos que não os cincos tradicionais, pois a verdade que eles conseguem sentir já não é suficiente, disto todos sabemos.
Agora uma coisa interessante. De onde emana a verdade? Deve ser do mesmo lugar que emana a inteligência. E juro que isto não é uma convenção humana. Na verdade, os humanos nunca se entenderam a este respeito para convencionarem alguma coisa.
É que a inteligência que tenho, aliás, pouca por sinal, me levou a pensar que só causas inteligentes produzem efeitos inteligentes. Logo, quem inventou a verde, deve ser o único dono da verdade. Aliás, eu conceituaria a inteligência como a capacidade de enxergar a verdade.
Agora, seria inteligente criar coisas para o que vulgarmente se chama de morte? Sem um objetivo maior? Até nós que não somos inteligentes sabemos que não seria.
A vida tem com certeza um sentido maior. Não duvidem. Ou melhor, duvidem sim. Mas não como aqueles que querem passar a vida toda vadiando no nada de suas mentes. Mas duvide como quem busca aprender humildemente, despertando assim outros sentidos que não apenas os cinco que temos.
Pois aquele que criou a verdade e quer que sigamos a verdade, deve ter feito um mapa da verdade em nós. E digo em nós, porque se estivesse fora, já teríamos encontrado.
Um amigo meu sempre me dizia o seguinte: a verdade está na ponta do meu nariz, mas não vejo meu nariz. Mas quero vê-lo. Hum, sábio ele. Muitos não querem nem ver o seu nariz cheio de verdades. São como crianças e não querem crescer. São acomodados, e têm medo de mudar. Acham que ser adulto é chato. Não entendem que podemos ser sérios sem carranca. E que muitas vezes o palhaço chora por trás da máscara. Felicidade é diferente, é algo que vem de dentro da gente.
Mas juntos, meu amigo e eu achamos o que nos parece ser a solução. Fomos olhar no espelho para ver a verdade que está em nós. E percebemos que olhar para nós dá resultado, mas demora. Porque a verdade é grande demais. Mas não vão pensar que o nosso nariz é grande, só o nariz dos que não falam a verdade é que é.
Tudo bem, não temos pressa. É que descobrimos também, usando um sentido diferente dos cincos tradicionais, que o tempo não passa. É só mais uma convenção humana. E descobrimos isto nos imaginando sentados no espaço universal, observando este enigma chamado tempo. Pois nós já sabemos, que o dia, que tem vinte e quatro horas, é o tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno de si mesma. Pelo menos esta é a nossa verdade. A do planeta Júpiter é diferente, isto também percebemos. Lá demora um tempo diferente das nossas vinte e quatro horas para este planeta dar uma volta em torno de si mesmo. Tudo bem, as horas deles também devem ser diferentes. Percebemos ainda que nos espaço o tempo não existe. Pois só o que é transitório pode ser medido pelo tempo. E nos invadiu, então, uma sensação de eternidade. E percebemos ainda que podíamos nos locomover para qualquer lado sem achar o fim do espaço. Sem quis saber o quem além do fim do universo. Mas minha ignorância às vezes me espanta, pois se tivesse algo além já não seria o fim.
Ah, isto é verdade!