Indigente das oportunidades
Hoje despertei para um horizonte diferente, algo sem entraves nem labaredas de malefícios do pensamento, apenas as rugas emaranhadas no decorrer dos anos falhos que subtrai diante do norte que deveria seguir numa harmonia paralela entre a certeza e ser feliz. Com o passar do tempo descobri os desastres coibidos pela minha forma de ver a vida, contrastando com a desigualdade forasteira da sociedade emergente.
Esse papo de dizer que o lugar desfaz o caminho do justo é enganoso, porém todos têm escolhas quando estão sãs, imune de qualquer tipo de drogas ou algo afim. Por outro lado, tomar uma decisão entre seguir o caminho da dificuldade no suor e na angustia e seguir os caminhos fraudulentos da desordem e do erro. É fácil seguir o certo para quem tem uma vida limpa, sobretudo quem vive no ambiente desorganizado pela acumulação da população em meio aos desastres das grandes cidades é difícil escolher o correto.
O entendimento do ser humano fica restrito, quando ignorado na juventude e desprovido das idealizações da razão e do que é ser certo ou errado, muito embora esse fato não seja uma constante, mesmo assim ser educado provendo dos costumes e se espelhando naqueles que aparentam ser bons diante da realidade existente é uma saída plausível.
Vencer o que não vemos barganhar o que não pode ser comprado ou até mesmo sentir o que está longe do nosso alcance. São alguns dos flagelos vividos pela vontade daquele que não pode ter vontade, apenas deixar seguir e se conter com aquilo que a vida nos dar. Diante da realidade pode-se ter uma visão diferente e fragmentada dessas mazelas contrariadas pela exclusão e pela má distribuição de renda no país.
Solidão, solidão, quem és tu? A figura que impregna essa frase de antes é de estarmos desolados das oportunidades, marginalizados por ser miseráveis e mutilados da cultura, por ser taxado menosprezado diante da sociedade, mas espera aí. Eu sou gente, sou brasileiro, sou pobre, mas não sou estrangeiro e mesmo dessa forma a minha mão parece suja quando tento ceder minha criatividade nas organizações da vida, só por que sou pobre? Não é justo.