ARTES E CASTIGO DE UMA MENINDA DE ORFANATO( continuação)
Depois da ginástica enfrentávamos novamente a fila para o banho que era frio eu odiava banho frio então na minha vez me jogavam dentro de banheiro a porta era em metade não era inteira o que fazia eu molhava a cabeça e os pés para dizer que tinha tomado banho e saia tremendo de frio rsrsrsr. Íamos tomar o café da manha eu gostava quando era café com leite e broa de milho, só que não havia repetição era uma caneca de alumínio grande e um pedaço de broa razoável que dava para comer e beber o leite com café todo.
As tarefas eram distribuídas por semana havia uma escala de serviço que ficava pendurada na entrada do refeitório e não podíamos questionar serviço era o que a tabela indicava, e lá ia eu fazer o meu.
Certa vez me colocaram para ajudar na cozinha a lavar os pratos que eram todos de alumínio, pois louça mesmo era só para a diretoria, a pia era um tanque bem profundo que dava para eu entrar e tomar um banho e ainda sobrava lugar, subia num banquinho e fazia meu trabalho às canecas não precisavam secar pendurava-se em um gancho de arame, mas os pratos tinham que secar. Uma vez por curiosidade quis lavar uma panela onde havia sido feito um angu doce entrei na panela para comer a rapa do angu que estava uma delicia rsrsrs...e lá fui eu de novo pro castigo pois a panela estava quente e eu queimei os dedos bem de leve mais queimei.
Na hora do almoço fazíamos uma fila e cada uma pegava seu prato e sentava em seu lugar que já sabíamos qual a posição de todos os dias, na cabeceira da mesa ficava uma mais velha tomando conta de todas nos, orávamos agradecendo a Deus o alimento e começava a comer, eu não gostava de tempero como salsa, cebola pimentão e colocava tudo na beira do prato a direção vinha misturava tudo isso num punhado de comida colocava na colher e enfiava-me guela abaixo e aquilo descia sem eu mastigar, pois se mastigasse voltava, não se podia conversar quem assim o fazia o nome era escrito em um caderno com data da semana e todos os sábados éramos chamadas à secretária e tínhamos que responder por nossos atos, e sofrer o castigo merecido que era escrever nas folhas de papel almaço o que tinha sido escrito no cabeçalho da pagina, e este castigo era sempre executada nos quartos domingo de cada mês em que recebíamos a visita de mãe ou tia as meninas do colégio não tinham pais só mesmo mãe ou tias ou avos. Uma vez tive que escrever ‘NÃO DEVO CONVERSAR NA MESA NA HORA DO ALMOÇO’, as frases eram bem grande nunca frases pequenas as mãos cansavam e nem assim deixava de aprontar, Uma vez na hora do almoço eu quis repetir, me levantei do meu lugar isso depois de pedir licença a chefe que ficava na cabeceira da mesa e fui até ao balcão pedir repetição só tinha arroz aceitei e voltei para o meu lugar, uma vez que se pegava o prato não podia deixar sequer um grão de arroz o prato tinha que ficar bem vazio, então comer arroz puro eu não queria, mas já que havia aceitado tinha que comer, no centro da mesa ficava uma farinheira então pedi uma das meninas que me desse à farinheira e ao colocar a farinha em meu prato fui boba em vez de pegar a colher peguei a farinheira e a menina que estava do meu lado de propósito virou ela dentro do meu prato resultado era mais farinha que arroz, e agora meu Deus o que fazer não podia deixar nada no prato e eu já estava entalada de tanta farinha, queria deixar chamaram a diretora que ficou ao meu lado ate eu comer tudo, todas foram saindo de seus lugares, pois havia acabado a hora do almoço e eu ali chorando e comendo, era um motivo para mais uma vingança...
Continua....

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 16/03/2008
Reeditado em 16/03/2008
Código do texto: T903236