Aperto de mão

A cordialidade humana vive aparentemente constrangendo a própria virtude, pelo que se encaixa no pensamento são rumores de um leve amadurecimento, uma forma de crescer e desenvolver o senso nas diversas camadas sociais, mas o que parece ser inovação não passa de desabafo rancoroso destrinchando o que chamamos de males da língua.

O que pode-se entender por castração do caráter, eu fico em dúvida elaborando meus apontamentos tentando infiltrar a dose ideal da resposta convicta com a realidade que se passa, no entanto rasgo o pouco de paciência que me resta e devoro a explicação como um animal matando a fome com sua caça, de forma simples saliento quando chega a hora de jogar a toalha e desistir, o ser humano deve ser coerente com o momento.

A vida, diversas vezes, nos estende a mão, só que fazemos de conta que esse fato nunca existiu e sem mais nem menos damos as costas para o que chamo de socorro da alma, são poucas vezes que isso acontece no cotidiano habitual, por ventura seria melhor desgovernar o horizonte e camuflar a decisão errada voltando atrás sem temer o pior, apenas mostrando que o arrependimento é digno e verdadeiro.

O simples para muitos torna-se um dilúvio para aqueles que tem o coração de pedra e uma vida arrasada com a miséria e o desprezo da sociedade, mas vivemos entre a cruz e a espada, reféns do medo e da criminalidade apavorando a sensibilidade de fazer o bem maior, dar as mãos para a miséria absoluta, é sem dúvida nenhuma um ato louvável, sobretudo o novo cenário aponta um perigo descomunal, pois não podemos sentir o coração do próximo, mas podemos sentir o medo da violência que se espalha a cada dia com resquícios das desigualdades.

Não sou mensageiro da verdade, apenas um pensador querendo botar para fora o que sente, mas de forma clara e simples configurando a temática com a realidade e o sofrer da sociedade querendo paz, enquanto a rua solidifica que o poder público se mostra incapaz, apenas isso tento demonstrar e questionar a vida.