A FILA

A FILA

Mário Osny Rosa

São vinte e três horas, num posto do INSS na capital paulista chega um homem que vem aguardar até as sete horas da manhã para conseguir um ficha. Ele necessita fazer uma perícia para retornar ao trabalho. A fila já é longa, trinta pessoas entre jovens e velhos estão na espera. Nesse momento chega a reportagem de uma emissora de televisão para fazer um trabalho jornalístico, tiveram informações que na fila tinham os coiotes brasileiros que ali ficavam e recebia as senhas para depois venderem as pessoas.

Quando eles perceberam a chegada, da reportagem os quinze coiotes, esconderam-se num viaduto, próximo ao referido posto de atendimento. Com todo o avanço da tecnologia ainda necessitamos de filas para um atendimento por parte do sistema do INSS? Está na hora que o Ministro se posicione diante desse caótico momento e mude esse sistema de atendimento.

A população paga e não recebe, o poder público passa a pagar para os algozes do povo, e deles tirem seus direitos.

Quem é realmente esses algozes? Aquele que o povo elegeu pelo voto popular para defender os seus direitos nas casas legislativas do nosso país. Tudo para eles nada para o povo sofrido, Que cada dia fica mais pobre e eles mais ricos, isso as custas dos tributos e do suor de todos os brasileiros.

Somos o maior produtor de grãos, como o maior exportador. Alimentamos o mundo com nossas riquezas e matamos nossa pobreza, que não tem alimentos para satisfazer as necessidades básicas, somos realmente carentes de uma justiça social, mais humana e digna.

Meu país é rico, mas ao mesmo tempo ele é pobre, pobre de homens públicos capazes de administrar esse menino, gigante adormecido, que apesar de ter mais de quinhentos anos continua a gatinhar pelas sendas desse universo. Até nossos dias ninguém ousou a dar-lhe a mão para que o mesmo se firmasse na sua caminhada na busca de sua integridade, ao lado do seu povo.

Exportamos de tudo e não saímos da miséria, miséria esta refletida no povo que nada recebe, nem educação, nem saúde, nem remédio e com isso é mantido como refém de políticos as vésperas de eleições.

Gastamos para eleger os políticos e não podemos gastar para educar esse povo a ser mais polido no momento de elegerem seus representantes. Este é o retrato do meu Brasil.

São José/SC, 21 de dezembro de 2.005.

morja@intergate.com.br

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Asor
Enviado por Asor em 21/12/2005
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