Ao Redor do Trabalho
"Eu acordo pra trabalhar... eu como pra trabalhar..."
Trechos escritos por Hebert Vianna traduzem bem o que o trabalho representa para alguns. Muitas pessoas vivem - e morrem - dele, é algo doloroso e estressante e, ao mesmo tempo, algo que devemos aceitar como a melhor coisa que já existiu.
Freud disse que, sintetizando tudo, o homem teve que direcionar seus desejos para outra forma de ocupação fora o sexo - literalamente, a libido é o que impulsionou o homem primitivo ao trabalho. Então, a parte da sociedade empregada vê isso como uma obrigação. Afinal, "sem trabalho eu não sou nada, não tenho dignidade."
Hoje, não importa a forma de trabalho, o que importa é o julgamento do meio social com o indivíduo - menos se o trabalho for algo ilícito, aí o julgamento sempre será desfavorável.
Desde que o Homo Sapiens soube pregar o primeiro prego viu que é só com algum sacrifício que pode se conseguir as coisas. Há muito, o homem tem que se submeter ao emprego para ser gente.
Agora, quando não há prazer no trabalho, isso gera malefícios. A idéia básica é se empregar naquilo que gosta ou está preparado para executar. Em muitos casos não é assim. No Brasil, por exemplo, houve tempo que Bacharel em Direito estava tentando vaga para gari. Isso toca em outro ponto importante: ser um bom profissional. Ter uma boa formação sempre ajudará a conseguir aquilo que se deseja, desde que formemos bons profissionais.
Contudo, trabalhar pode ser bom ou ruim, o que não pode é faltar emprego. A sociedade cresce quando há oportunidade de se ter um trabalho. Todos ganham, afinal... é em torno do emprego que a manivela do progresso gira.
Sejamos responsáveis, deixemos o ócio e o governo dê mais chances... temos um povo que quer acordar pra ser alguém.