POR VOCÊ!!!

Há fases em nossa vida de que realmente são guardadas em reservatórios especiais no nosso cérebro, se assim pode ser chamado àqueles locais de fácil acesso em nossas recordações agradáveis. Dizem que recordar é viver, então recordemos passagens boas, significativas que nos marcaram e, não obstante, que sirvam para nosso infinito crescimento, enquanto seres humanos, isto é, seres sujeitos a falhas, erros, tropeços e, também, a acertos.

Como Ser Humano, ainda na infância, aprendi que nossa sensibilidade pode ser aguçada com várias coisas, dentre elas, a música. Não sou um exímio tocador de violão, mas sempre adorei cantar e tocar algumas modinhas de viola, isso para às vezes espantar maus presságios. E funcionava, ou melhor, funciona.

Pois bem, a sensibilidade da gente parece não ter fim, ora estamos envolvidos com uma paixão, ora estamos envolvidos com nossos planos profissionais, enfim, são incontáveis situações que sempre vão nos tornando mais e mais ocupados com o nosso sentir. René Descartes dizia que: "Penso, logo existo!" Vou um pouco mais longe: Sinto, então, estou vivo! Ainda que há pessoas nesse mundo grande de Deus que parecem não serem aptas a esse sentir. Sentir que somos iguais, independemente de várias configurações. Sentir que somos filhos, divinamente, do mesmo Pai e da mesma Mãe. Ademais, sentir que não somos nada sem o sentir maior, ou seja, o amor.

E por amor entendemos melhor o sentir e, via de regra, é o fio condutor de nossa sensibilidade. E por amor, recordo também, certa feita, quando adolescente, sempre gostava de tocar e cantar uma canção que dizia: "É por você que canto... quanto mais o tempo passa, mais eu gosto de você...".

Como sempre estamos mudando um pouco o nosso foco de sentir, hoje sinto que há uma analogia muito forte entre tocar e cantar violão com a magia de nosso Recanto, é dizer: sente-se a mesma dimensão em afagar a nossa sensibilidade, seja escrevendo ou lendo os vários autores e autoras que se fazem presente nesse espaço tão rico e diversificado, chamado Recanto das Letras.

E, fazendo uma analogia também com àquela linda canção (É por você que canto, quanto mais o tempo passa, mais eu gosto de você...) digo e afirmo que é por você que escrevo, para fazer de você, também, parte de mim e, inversamente, ocorre quanto leio um pouco de você, redundando numa mesma comunhão de idéias.