EMPREGO NO JAPÃO
Licea estava esperando a sua vez no cabeleireiro e folheando uma revista.
Sem querer, querendo, ela escutava uma japonesa contar, para a manicure, que o seu neto está trabalhando no Japão.
-Que maravilha! Ele trabalha em que lugar?
-Numa firma grande. O pobrezinho está morto de saudade da família, mas, como é um funcionário eficiente, seu chefe só lhe deu duas semanas para nos visitar. Ele lhe disse, bem assim:
-Ficar um ano no Brasil?! Está doido, rapaz? Daqui a quinze dias, eu quero você de volta!
Uma outra freguesa perguntou?
-O quê que o seu neto faz no Japão?
-Ele trabalha com chip.
Licea, atenta á conversa, exclamou:
-Nossa! Nunca pensei que fandango e batata frita dessem tanta importância a um empregado!