Não sei
Não sei! Essa foi à terceira exclamação do meu dia, sendo que a primeira e a segunda foram “bom dia!” para meu marido e minha filha.
Quer café? Não sei. Vais comer alguma coisa? Não sei. Blusa rosa ou branca? Não sei.
Realmente naquela hora eu não sabia o que queria. Você deve estar pensando, “nossa como é indecisa”, talvez, mas na maioria das vezes não sou assim, talvez não tenha dormido bem.
Todos os dias, enfrentamos decisões para as quais não temos certeza sobre nossa escolha. Então, um posicionamento de “não sei” pode soar como “não sei o que quero”. Realmente pode ser, mas é muito mais que isso.
Existem dias em que não estamos dispostos, estamos cansados, deprimidos; nesses dias, até mesmo as decisões mais simples podem parecer complicadas.
Não sei se continuo no mesmo emprego, não me realiza profissionalmente, não sei se vou para a praia, minha melhor amiga não vai estar lá, não sei se caso ou compro uma bicicleta... Vou de carro ou de táxi? Não sei a hora que vou voltar. Loucura!
E assim seguem-se dias que parecem não fazer sentido, que somados a outros tantos nos fazem deparar com nós mesmos, tantas dúvidas e incertezas sem fim.
Continuamos andando pelas mesmas ruas, de carro, de ônibus, de trem ou a pé, temos o direito de ter dias ruins, isto nos faz pensar, refletir, então entendemos a necessidade de mudar, que como está não pode ficar.
E tudo começou com um simples “não sei” pela manhã... Esse foi o “não sei” gatilho para refletir sobre nossas dúvidas e desilusões.
Agora que sei o que não sei, também existe aquilo do qual sei. Quero ser feliz? Sim! Quero realizar-me profissionalmente? Sim! Quero muitos amigos? Sim! Quero um cigarro? Não. Quero pousar no aeroporto de congonhas? Não. Bom... Também existem os ”talvez”...