Relâmpagos.
Relâmpagos.
Ontem choveu, e eu fiquei olhando os relâmpagos caírem, e ouvindo a chuva bater no vidro da janela, e comecei a pensar sobre o porquê de algumas pessoas terem medo de relâmpagos, e outras acharem bonito e gostarem de vê-los cair.
A nossa vida é muito parecida com o céu: às vezes é claro e alegre como o dia, e às vezes, escuro e introspectivo como a noite, e sempre se alternam esses momentos de alegria e introspecção, como o dia sucede a noite, e vice-versa. E de vez em quando, aparecem as tempestades, seja dia ou noite, e relâmpagos com elas, e eles mudam a forma como enxergamos o céu, assim como as mudanças mudam a forma como vemos nossa vida.
O relâmpago é sempre rápido e efêmero, e por mais brilho que ele jogue no céu, ele dura pouco e logo o céu volta a ser como era antes. É aí que reside a dúvida: porquê então, as pessoas temem o relâmpago?
Será que é porquê é súbito como as mudanças que atingem nossa vida?
Ou será que é por ser efêmero e passar logo, por mais bonito que seja?
Pode-se entender o medo do relâmpago como o medo da mudança, mas, se pararmos para pensar, não há por que temer, pois por mais apavorante que seja o relâmpago, logo o céu volta a ser como era antes. Depende de nós encararmos os relâmpagos como um espetáculo da vida ou como susto após susto, com medo e espanto. Cabe a você encarar as mudanças como algo apavorante, ou como algo belo e brilhante, e especial e diferente, como cada relâmpago é diferente do anterior.
Sempre que chove, eu deito olhando a janela e vejo os relâmpagos riscarem o céu, e ouço a chuva bater no vidro, e ontem não foi diferente: dormi como um anjo, como não dormia há muito tempo.