Amor... Sexo e Destino

Amor... Sexo e Destino
(Emmanuel)

O sexo no templo da vida é um dos altares em que a divina luz do amor se manifesta.

A ele devemos, no mundo, a bênção do lar, a ternura das mães, os laços da consangüinidade, a coroa dos filhos, o premio da
reencarnação, o retorno a lide santificante...

Através dele, a esperança ressurge em nossa alma; e o trabalho se renova para nosso espírito, na esteira dos séculos, para que o tempo nos reajuste, em nome do Eterno Pai...

Fonte de água pura – não lhe viciemos o manancial.

Campo da renovação – respeitemo-lo.

Escada para o serviço edificante, usada na consagração do equilíbrio, conduzir-nos-á ao monte resplandecente da sublimação espiritual – não a convertamos, pois, em corredor descendente para o abismo.

Dos abusos do sacrário em que o Senhor situou o ofício divino da gênese das formas, resultam, para a Terra, aflitivas paisagens de amargura e desencanto, desarmonia e pavor.

Rendamos culto a Deus, na veneração do jardim em que a nossa existência de refaz.

Se o amor nos pede sacrifício, saibamos renunciar construtivamente, transformando-nos em servidores fiéis do Supremo Bem. Se a obra do aperfeiçoamento moral nos impõe o jejum das almas, esperemos, no futuro, a felicidade legítima que brilhará, por fim, em nossas mãos.

A lei segue-nos, passo a passo.

Não nos esqueçamos.

Em qualquer circunstância, recordemos que o sexo é o altar criado pelo Senhor, no templo imenso da vida.

Santificá-lo é santificar-se.

Conspurcá-la será perdemo-nos no espaço e no tempo, descendo a escuros precipícios da morte, dos quais somente nos reergueremos pelos braços espinhosos da dor.

Julio Sergio
Recife-PE.
(27.01.08)